
O ministro Nelson Jobim (Defesa) anunciou ontem que militares de outros estados serão mobilizados para acompanhar a campanha eleitoral no Rio de Janeiro. A necessidade de acionar contingentes de outras unidades da federação a partir da próxima semana foi apontada ao ministro pelo comandante do Exército, general Enzo Martins Peri. Jobim assinalou que há uma falsa imagem de que o Rio tem uma "concentração forte de militares.
"Não será tropa exclusivamente do Rio de Janeiro. O Rio tem uma peculiaridade, há uma imagem de que há uma concentração forte de militares, mas na realidade as forças operacionais são apenas duas. Existem aqui muitas escolas (militares). Por isso vamos ter que deslocar militares de outras regiões, disse o ministro no Rio de Janeiro, onde deu posse ao novo comandante de Operações Navais, almirante-de-esquadra Alvaro Luiz Pinto.
Segundo o ministro, as forças acionadas e as regiões de onde as tropas irão partir serão definidas pelo Comando Militar do Leste (CML). Já as prioridades, localidades e a forma de engajamento serão definidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na quinta-feira, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRERJ), Roberto Wider, anunciou que as Forças Armadas deverão atuar em mais quatro regiões, além das 20 previstas inicialmente. Elas terão como missão evitar intimidação de eleitores, compra de votos e propaganda eleitoral ilegal em comunidades controladas por traficantes de drogas e milícias paramilitares.



