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Marconi Perillo (PSDB) governador de Goiás | Wilson Dias/ABr
Marconi Perillo (PSDB) governador de Goiás| Foto: Wilson Dias/ABr

Caciques do PSDB decidiram, em conversas reservadas, que vão insistir na estratégia pública de defender que a cúpula petista da CPI do Cachoeira está direcionando as investigações para manter o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, no foco da comissão. Mas, em privado, já admitem que não vão se opor a uma eventual nova convocação e até mesmo ao eventual indiciamento do governador pela CPI.

Segundo a revista Época desta semana, relatório da Polícia Federal aponta que Perillo teria condicionado a liberação de pagamentos à Delta, pelo governo de Goiás, ao recebimento de propina de R$ 500 mil. A propina estaria embutida na venda de uma casa de Perillo ao contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, no ano passado. De acordo com a PF, o compromiso de liberação de verbas para a Delta teria sido, inclusive, intermediado pelo bicheiro.

Ontem, o relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG), afirmou que os novos indícios contra o governador são graves, mas ainda não é possível dizer se ele será mesmo indiciado por suposto envolvimento com Cachoeira e com dirigentes da Delta. Cunha também não vê necessidade de reconvocação imediata de Perillo para depor.

A reconvocação de Perillo é defendida pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSol-AP) e pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP). O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), não defendeu Marconi nem se opôs à sua reconvocação na CPI, mas questionou a conveniência de ouvi-lo novamente.

"Nada contra a convocação, não seremos obstáculo à convocação. Mas a pergunta é: convocar para quê? Para repetir as mesmas perguntas e ouvir as mesmas respostas? Nós queremos ouvir é o Cavendish, o Pagot, o Cachoeira, o Juquinha. Temos que ser objetivos, avançar", disse.

Defesa

Perillo divulgou nota ontem em que nega as acusações e volta a dizer que não vendeu o imóvel para Cachoeira. "É infame e desleal a afirmação da revista Época de que houve um acerto para que o atual governo de Goiás pagasse em dia as faturas da empresa Delta. Os pagamentos mencionados pela revista referem-se a um contrato de locação de veículos, firmado pelo governo anterior, e são feitos de forma continuada, por se tratar de serviços regulares e pelo fato, também, de a atual administração cumprir rigorosa e pontualmente seus compromissos com fornecedores e prestadores de serviços", afirma o governador em nota.

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