Brasília - Insatisfeitos com o apoio à candidatura presidencial da ministra Dilma Rousseff, parlamentares da base do governo vão mudar de legenda até 3 de outubro para dar palanque em seus estados ao candidato do PSDB, que pode ser José Serra (foto), governador de São Paulo, ou Aécio Neves, governador de Minas Gerais. Nos próximos dias, os tucanos esperam garantir espaço relevante no Espírito Santo, no Acre e em Rondônia, estados em que o PT vem montando chapas fortes para ajudar a ministra da Casa Civil.
Hoje, o comando do PSDB estará em Rondônia para a filiação do senador Expedito Júnior, que deixou o PR da base do governo Lula para apoiar o presidenciável tucano.
Ontem, a deputada Rita Camata (ES) confirmou que está prestes a sair do PMDB. Vice na chapa de Serra em 2002, ela tem sido procurada pelo governador paulista para se filiar ao PSDB. Em troca, poderá disputar uma cadeira no Senado, cargo que não teria chances de concorrer pelo PMDB, que vai lançar o governador Paulo Hartung. Mudando de lado, Rita ganharia a chance de ser senadora e abriria espaço para fortalecer uma eventual candidatura de Serra no Espírito Santo. No estado, o PMDB fechou com o PT. Os petistas devem apoiar o vice de Hartung, o peemedebista Ricardo Ferraço, ao governo, garantindo um forte palanque para Dilma. Rita sempre atuou distante da ala do PMDB ligada ao Planalto.
Outro que deve mudar de partido para ajudar a candidatura tucana é o senador Geraldo Mesquita, do PMDB do Acre. Sem espaço na sua legenda para disputar a reeleição, ele avalia proposta do PSDB.



