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A Polícia Federal ouviu, nesta segunda-feira, o último empresário da lista de 25 suspeitos de envolvimento no esquema de sonegação fiscal, que seria comandado por Juvenil Alves. O empresário Ayrton Ricardo Vargas era o único foragido da Operação Castelhana e estava com a prisão temporária decretada há 12 dias, mas ainda não havia sido preso porque estava no exterior. Na tarde desta segunda-feira, ele se apresentou na superintendência da PF, em Belo Horizonte, acompanhado de dois advogados. Ayrton Ricardo, dono da indústria de cosméticos Kanechon, já teve a prisão relaxada.

Ayrton Ricardo era cliente do escritório de advocacia de Juvenil Alves e também é acusado de abrir sociedades anônimas no exterior, em nome de laranjas, para esconder patrimônio de empresas no Brasil e sonegar impostos. Os advogados dele negaram a participação do empresário nos crimes.

De acordo com a polícia, pelo menos 20 pessoas, entre empresários, advogados e contadores, serão denunciadas à Justiça. A maioria deve aguardar o julgamento em liberdade. Nesta terça-feira a Justiça Federal vai receber a cópia da gravação das conversas telefônicas entre o advogado e as testemunhas que ele teria tentado coagir.

Juvenil Alves - deputado eleito pelo PT-MG e preso pela Polícia Federal (PF) acusado de participar de um esquema de fraude que teria causado prejuízos de R$ 1 bilhão à Receita Federal - continua preso, depois de ter sido solto e voltado para a carceragem da PF sob suspeita de coerção de testemunhas. Seus advogados recorreram ao Tribunal Regional Eleitoral de MG contra a suspensão da diplomação do político. Eles apresentaram um agravo de instrumento e uma medida cautelar TRE-MG na tarde de domingo. Documentos apreendidos durante a Operação Castelhana, da PF, sugerem que teria havido irregularidades na campanha do candidato, que foi eleito deputado federal com o maior número de votos pelo PT no estado. Liberado após o fim do prazo da prisão preventiva, Juvenil acabou preso novamente em menos de 24 horas sob a acusação de constranger testemunhas.

Nesta tarde, o delegado que cuida do caso informou que a Unidade de Inteligência Financeira de Portugal conseguiu bloquear a conta de Maria Adelaide Costa, mulher de Avelino Costa, acusado de participar do esquema de sonegação e abertura de empresas fantasmas no exterior. Ela teria tentado sacar 2,5 milhões de Euros da conta conjunta do casal, em Portugal.

As autoridades portuguesas foram informadas das suspeitas sobre o empresário e hoje a conta foi bloqueada. Avelino Costa é ex-deputado federal pelo PL e dono da empresa Pif Paf. Ele já esteve preso por cinco dias na carceragem da Polícia Federal. O valor existente na conta bloqueada não foi revelado.

A quadrilha, que seria chefiada por Juvenil Alves, é acusada de abrir empresas em nome de laranjas no exterior para enviar dinheiro sem pagar impostos. Segundo a Receita Federal, o prejuízo pode passar de R$1 bilhão. Os detidos são acusados de estelionato, evasão de divisas, falsidade ideológica, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

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