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A divulgação do uso que cada senador faz da verba indenizatória só começou em fevereiro do ano passado e depois de muita polêmica. A verba, criada em 2003 pelo então presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), serve como uma ajuda de custo para os senadores e causa discussões dentro da Casa.

Na opinião do senador Flávio Arns (PT-PR), seria difícil exercer o mandato sem esse dinheiro. "Para o senador que tem o salário como seu único provento, como é o meu caso, a verba é essencial. Preciso entrar em contato com as pessoas, me locomover, estar em eventos, ter uma assessoria jurídica e técnica para a montagem de projetos de lei e tudo isso é pago por essa verba", diz Arns.

Osmar Dias (PDT-PR) defende o fim da verba indenizatória e um aumento de salário para os senadores. De maneira que a remuneração passe a ser "compatível com a responsabilidade que o cargo exige". O senador Pedro Simon (PMDB-RS) também é favorável ao fim da verba e um aumento salarial. No entanto, ao contrário de Osmar, Simon não faz uso do dinheiro. Além de Simon, outros três senadores não pediram reembolso em 2008: João Vicente Claudino (PTB-PI), Marco Maciel (DEM-PE) e Jefferson Praia (PDT-AM).

Embora seja favorável ao fim da verba, Osmar a considera importante para a manutenção do exercício do cargo legislativo. No entanto, segundo ele, existe uma incompreensão da população sobre isso. "A verba foi criada para que o parlamentar desempenhe a atividade legislativa no seu estado de origem. Da mesma maneira que uma pessoa que vai fazer um trabalho fora de sua base é ressarcido, o parlamentar também é. Mas existe uma incompreensão muito grande quanto a isso", comenta. (CO)

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