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Vaccari diz que depósitos à esposa saíram de sua conta

De acordo com as investigações, do total, R$ 322,9 mil foram depositados na conta de Giselda em transações menores do que R$ 10 mil

Vaccari está preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais. | Antônio More/Gazeta do Povo
Vaccari está preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais. (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto declarou à Justiça que os R$ 583 mil depositados em dinheiro na conta da sua mulher, Giselda Rousie de Lima, saíram de sua própria conta corrente. No início do mês, o juiz Sergio Moro condicionou analisar a revogação da prisão preventiva do petista ao esclarecimento da origem dos recursos apontados pelo Ministério Público Federal como um indício de irregularidade.

De acordo com as investigações, do total, R$ 322,9 mil foram depositados na conta de Giselda em transações menores do que R$ 10 mil. Os investigadores suspeitam que os depósitos foram feitos em valores baixos para dificultar a identificação da origem dos recursos. Outros R$ 206,5 mil foram feitos acima de R$ 10 mil.

O criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, que representa o ex-tesoureiro, afirmou que os recursos tiveram origem em seus vencimentos entre 2008 e 2014 e foram declarados à Receita Federal. Segundo o advogado, Vaccari recebeu, no período investigado pela Lava Jato, R$ 3,4 milhões. A origem seria os salários que recebeu como conselheiro de Itaipu, como dirigente da Bancoop, de duas aposentadorias e do PT.

“Convém relembrar que o requerente é o principal provedor de seu lar, já que sua esposa, Giselda, é aposentada, recebendo, ainda, pequeno rendimento de sua atividade como psicóloga. Portanto, a grande maioria dos depósitos citados pelo Ministério Público Federal tem origem em valores da conta corrente de Vaccari, proveniente do seu trabalho”, disse D’Urso.

Defesa

Para comprovar os valores, os advogados apresentaram informes de rendimento, informações bancárias e outros documentos. A defesa nega que o petista seja um dos operadores do esquema de corrupção da Petrobras. Ele é apontado pelos investigadores e pelo ex-gerente da estatal Pedro Barusco como o responsável por operacionalizar os pagamentos de propina ao PT. Vaccari está preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

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