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No mesmo dia em que a oposição conseguiu emplacar a CPI do Derosso, a corregedoria da Câmara de Curitiba recebeu oficialmente duas denúncias, respectivamente, contra as vereadoras Renata Bueno (PPS) e Professora Josete (PT). Ambas vinham se notabilizando por defender a necessidade de investigar o presidente da Casa.

Renata foi acusada, pelo cabeleireiro Luiz Henrique Boeira dos Santos, de nepotismo cruzado, ao empregar seu tio, Leonesto Emílio Eitelwein, no gabinete do seu colega de partido Zé Maria (PPS). Já Josete foi denunciada por fotocopiar 2 mil cópias de um panfleto contra Derosso usando material da Câmara – o que poderia ser enquadrado como improbidade administrativa. Segundo o corregedor da Casa, o vereador Roberto Hinça (PDT), ainda não houve tempo hábil para analisar as denúncias. De acordo com ele, há a possibilidade de advertir as duas vereadoras, encaminhar o processo ao Conselho de Ética ou ainda de arquivar as denúncias.

O vereador Zé Maria confirma que o tio de Renata trabalha em seu gabinete, mas frisa que isso já acontece desde 2005 – ou seja, antes de a vereadora ser eleita. "Como que eu ia adivinhar que a Renata seria eleita vereadora?" Segundo o vereador, Leonesto já trabalhava em sua imobiliária antes mesmo de ele ser eleito. "Acima de tudo, é um bom profissional. Há 16 anos presta serviço para mim".

Já Josete, denunciada por um servidor da Câmara, nega que tenha cometido qualquer irregularidade. Mas afirma que, caso a Câmara entenda que ela cometeu um ato ilegal, está disposta a devolver o dinheiro – cerca de R$ 200.

Professora Josete também diz que tem recebido ligações de madrugada, e teme que isso possa ter alguma relação com as denúncias que fez contra Derosso. Segundo ela, a pessoa liga, mas não fala nada. A vereadora fez um boletim de ocorrência ontem. Líder do PSDB, o vereador Emerson Prado desdenhou das supostas ameaças a Josete, dizendo, em plenário, que também recebe "ligações de números desconhecidos".

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