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Curitiba

Vereadores do PSB se posicionam contra aumento do IPTU e ITBI

Parlamentares do partido do ex-prefeito Luciano Ducci decidiram votar contra projeto apresentado pela administração de Gustavo Fruet (PDT)

Os três vereadores do PSB de Curitiba decidiram, após reunião na noite de ontem (25), que votarão contra o projeto de reajuste dos impostos municipais IPTU e ITBI de autoria da prefeitura, que tramita na Câmara Municipal. O projeto propõe reajuste de 5% e 8% (imóveis edificados e não edificados) no IPTU, mais a inflação acumulada no ano, e também aumento de 0,5 da alíquota do ITBI.

O deputado federal eleito Luciano Ducci (PSB), ex-prefeito da capital e líder do partido, disse que o aumento proposto pela atual gestão não tem justificativa técnica. "O projeto que eles apresentaram tem uma série de inconsistências. Além disso, esse ‘tarifaço’ vai prejudicar tanto a população quanto a geração de empregos da construção civil", afirmou.

Segundo nota enviada pelo diretório municipal do partido, a administração do prefeito Gustavo Fruet não apresentou nenhuma explicação técnica para o procedimento "incomum" de reajustar a alíquota do ITBI. "O projeto também não traz esclarecimentos sobre o cálculo usado para corrigir o valor dos imóveis residenciais", diz o documento.

Para o PSB, não há embasamento técnico nem financeiro por parte da prefeitura para o aumento da carga tributária "durante o período em que a economia atravessa um momento difícil". Segundo o partido, a medida vai penalizar os donos de imóveis, afugentar os investimentos da cidade e desacelerar o mercado imobiliário.

Além do aumento da alíquota do IPTU e ITBI, o projeto da prefeitura prevê ainda a atualização da planta genérica do município. A planta estabelece os valores venais dos imóveis em cada região da cidade, sobre os quais incidem as alíquotas do imposto territorial.

Polêmica

Em entrevista à Gazeta do Povo na semana passada, a secretária de Finanças da prefeitura de Curitiba, Eleonora Fruet, disse que a prefeitura garante que não passará a cobrar o IPTU imediatamente com base nos novos dados. Isso porque há casos em que a correção do valor do imóvel passaria de 300%. "Esse valor não seria condizente com a nossa economia hoje", disse. A prefeitura propõe um reajuste gradual desse valor.

A prefeitura justifica os aumentos em decorrência do boom imobiliário na cidade, que fez com que o preço dos imóveis subisse mais do que a inflação, deixando a planta genérica defasada. Segundo dados do município, a falta de atualização da planta genérica fez com que R$ 2 bilhões deixassem de ser arrecadados nos últimos 11 anos. Com a proposta de aumento, a arrecadação do imposto em 2015 deve ser de R$ 523 milhões, contra R$ 383 milhões em 2013. A arrecadação de 2014 ainda não foi fechada.Além disso, a administração municipal afirma que necessita aumentar o orçamento para a manutenção da cidade. O dinheiro deve ser destinado principalmente para saúde e educação.

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