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O vice-prefeito Gilberto Kassab (PFL) não acredita que José Serra (PSDB) renuncie à administração da capital para disputar a Presidência da República no próximo ano. Mas afirma que, se isso ocorrer e couber a ele comandar a maior cidade do país, terá "uma responsabilidade muito grande com relação ao prefeito." Em pesquisa do Ibope divulgada na semana passada, Serra mais uma vez apareceu como único candidato que venceria o presidente Lula (PT) em um eventual segundo turno. Kassab, que já foi vereador, deputado estadual, deputado federal e secretário de Planejamento no início da gestão Pitta (1997), diz ter participação ativa na gestão da cidade. No momento, ele comanda a comissão que prepara portaria para desburocratizar a criação de empresas.

Diário - Como é atuação do senhor na administração?

Atuo com o prefeito junto a todas as secretarias. Discuto e acompanho sempre que solicitado por ele, o que tem ocorrido inúmeras vezes.

Diário - Como vê a possibilidade de o Serra ser candidato a presidente e o senhor assumir?

Ele tem dito que não é candidato. Acho que o Serra é um homem público com uma folha de serviços prestados ao Brasil que poucos têm. Ele vai saber avaliar junto a seu partido qual o caminho.

Diário - Mas como o senhor encara a possibilidade de assumir a Prefeitura?

Não penso nessa possibilidade até porque é isso que ele (Serra) tem transmitido. Se em algum momento acontecer, é com o sentimento de uma responsabilidade muito grande com relação ao país, à cidade e ao próprio prefeito. É uma administração dele, para a qual ele foi eleito. Se por acaso ele sair, a relação de confiança sobre a minha conduta será muito importante.

Diário - Mas o senhor se considera preparado?

A partir do momento que a gente assume a missão de ser vice-prefeito de uma cidade como São Paulo é porque a gente se julga preparado para estar ajudando o prefeito, seja assumindo em alguns momentos, seja como vice-prefeito de sua administração.

Diário - Qual o principal problema da cidade, na sua opinião?

Acho que o principal problema do cidadão paulistano é a questão da saúde. Já da cidade é o transporte. São assuntos que se diferenciam.

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