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Contaminação

Vigilância em Saúde de MG interdita 19 lotes de leite

Laudo confirmou a presença de substâncias fora dos parâmetros de fiscalização. Fabricantes terão dez dias para apresentar contraprovas e realizar novas análises

Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" (Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical)

A Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) determinou, na quinta-feira (8), a interdição cautelar de 19 novoslotes de leite das marcas Parmalat, Calu e Centenário, produzidos em São Paulo, Goiás e Minas.

A medida cautelar interdita a comercialização e o consumo dos produtos por 90 dias ou até que as empresas solicitem uma contraprova em um prazo máximo de dez dias após notificação.

A decisão foi tomada depois da liberação dos resultados das 19 amostras analisadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), o laboratório oficial do estado.

O laudo apontou a presença de substâncias em níveis diferentes ao mínimo aceito pelo Ministério da Agricultura, como o percentual de sódio, a alcalinidade das cinzas e a sacarose. Os exames também mostraram a presença de substâncias em quantidade acima da informada ao consumidor na embalagem.

Análise

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está avaliando se as substâncias encontradas podem causar algum dano para a saúde do consumidor.

Os órgãos de fiscalização vão aguardar a resposta dos fabricantes das marcas, que devem realizar contraprovas e novas análises. O Ministério da Agricultura também deve se manifestar em relação a inspeções feitas anteriormente nessas indústrias. Empresas

Em comunicado oficial, a Parmalat informou que tenta suspender a interdição de três lotes de leite até que a empresa tenha acesso aos resultados das análises e apresente sua contraprova. A companhia solicitou ainda que os mesmos testes sejam aplicados a toda a cadeia produtiva do leite, inclusive aos demais produtos derivados do leite.

"A Parmalat apóia qualquer iniciativa a favor da saúde pública, mas reafirma que a Vigilância Sanitária mineira chegou a conclusões equivocadas a partir da realização de testes inadequados. O órgão sanitário analisou as amostras de leite a partir do método de 'alcalinidade nas cinzas', considerado pelo próprio órgão fiscalizador ineficaz e impróprio para determinar a qualidade do leite UHT", diz a nota. "Vale destacar que o próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aprovou em inspeções a qualidade dos leites Parmalat."

Em nota, a Cooperativa Agropecuária Ltda. de Uberlândia (Calu), um dos fabricantes com lotes interditados, afirmou que "tem análises de dois laboratórios da rede credenciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que atestam que não há nenhum problema com os lotes citados pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG)". Apesar da contestação, a Calu informa que vai retirar os lotes interditados do mercado.

A Centenário informou que "já está providenciando o recolhimento" dos produtos que estão no mercado.

Os comerciantes foram orientados a retirar os lotes das prateleiras e mantê-los sob guarda. O consumidor que possuir um dos lotes interditados poderá fazer a troca do produto no local onde comprou, desde que tenha a nota fiscal em mãos.

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