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Apesar de não ter obtido nem sequer dois dígitos nos três cenários pesquisados, a vice-governadora Cida Borghetti (PP) deverá ter papel de protagonista no ano eleitoral. Como tudo leva a crer que, no fim de março de 2018, o governador Beto Richa (PSDB) renunciará ao mandato para poder disputar uma das duas cadeiras ao Senado, ela será a chefe do Executivo estadual por nove meses.

Para Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas, ter a “caneta nas mãos” para fazer as costuras e articulações políticas muda completamente o jogo eleitoral. Ele projeta que, se renunciar, Richa não terá outra saída a não ser se aliar a Cida na disputa pelo Palácio Iguaçu – seja para não entregar o governo a um adversário, seja para não correr o risco de ter outros dois concorrentes fortes para o Senado em uma outra chapa.

Hidalgo relembra 2010, quando Roberto Requião (PMDB) rompeu com o vice Orlando Pessuti (PMDB) ao renunciar para se candidatar a senador e viu o então deputado federal Gustavo Fruet – à época no PSDB – terminar em terceiro lugar, a menos de dois pontos porcentuais de distância.

“Se o Beto rompe com a Cida, o que ele faz no dia seguinte? Vira inimigo, entrega o governo a um adversário? Ele não terá mais a caneta em 2018. Por isso, o mais provável é compor com a Cida. Não vejo como eles romperem”, argumenta. “Além disso, a Cida nunca disputou uma majoritária na cabeça de chapa. E já pontuar com 5%, 6% não pode ser desprezado”, acrescenta Hidalgo.

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