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Além do processo criminal, que acusa a viúva de ser mandante do assassinato do milionário da Mega-Sena buscar, morto a tiros no dia 7 de janeiro, Adriana Almeida e a enteada Renata Senna travam outras duas batalhas judiciais.

Na semana passada, os advogados da filha de Renné Senna entraram com uma ação que pede a retirada do nome da madrasta do testamento, que divide a fortuna de R$ 52 milhões para as duas.

Em contrapartida, os representantes legais da ex-cabeleireira anunciaram que vão pedir, na Justiça, que Renata faça um teste de DNA para comprovar que é mesmo a herdeira natural da vítima.

O testamento, lavrado por Renné Senna em outubro do ano passado, estipula que a herança seja dividida em partes iguais para Renata e Adriana. O testamento substituiu o antigo, em que Renata ficaria com 50% dos bens e a outra metade seria dividida entre os 11 irmãos do milionário. Agora, advogados da herdeira natural tentam declarar a viúva indigna de receber sua parte na fortuna.

"O testamento foi a vontade de Renné em vida e não questionamos a sua validade. Mas a lei penaliza quem é beneficiada por um testamento que tenha envolvimento na morte dessa pessoa. Os indícios criminais já são suficientes para torná-la indigna na área cível", explica o advogado de Renata, Marcus Rangoni.

Correndo por fora na briga, os irmãos de Renné já pedem, na Justiça, a anulação do testamento que tem Adriana como beneficiária em detrimento deles. Eles alegam que o documento foi feito de maneira suspeita e que o milionário teria sido induzido a assiná-lo.

Teste de DNA

Do outro lado, a defesa de Adriana ataca com o pedido de DNA colocando em dúvida a paternidade de Renata.

"Vamos entrar com uma ação negatória de paternidade esta semana para esclarecer se Renné era ou não pai da Renata. Dependendo do resultado, isso vai servir mais tarde para que possamos questionar o testamento", diz o advogado da viúva, Rodrigo Mendonça.

"Se a Justiça determinar, Renata vai fazer o exame. Mas Adriana, sendo acusada desse crime, não tem moral para exigir nada", defende Rangoni, que lembra ainda que se a cliente fosse filha adotiva de Renné, seria sua herdeira natural por ter sido registrada pelo milionário.

Advogados da viúva vão ao STJ

Com o habeas corpus negado pela 8ª Câmara Criminal do Rio, os advogados de Adriana pretendem agora levar o documento à Brasília para ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça.

"Argumentamos que a prisão foi feita pelo clamor público. Com as investigações policiais encerradas, Adriana, que tem bons antecedentes, residência fixa e é ré primária, não tem por que não responder em liberdade. Ela está cumprindo pena sem ter sido condenada", diz Rodrigo.

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