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Interior de SP

Votação sobre afastamento de prefeito causa tumulto em Campinas

Vereadores devem decidir se prefeito fica no cargo durante investigação. Ministério Público aponta fraudes em licitações públicas da Prefeitura

A votação sobre o pedido de afastamento do prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT), causava tumulto, no início da noite desta quarta-feira (15), na Câmara Municipal da cidade que fica a 93 km de São Paulo. Os vereadores estão reunidos para votar se o prefeito será afastado do cargo durante o período da comissão processante, que investiga o suposto esquema de fraudes em contratos públicos da Prefeitura. Apesar da Câmara estar cheia por volta das 18h20 e a sessão já ter sido aberta, no horário, a votação ainda não havia começado por causa do tumulto que estava no local entre os manifestantes e também entre os vereadores.

As fraudes licitatórias relativas à Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) foram descobertas em uma operação conjunta do Ministério Público e da Polícia Civil. Ao todo, sete mandados de prisão preventiva foram expedidos. Um deles para a primeira dama da cidade, Rosely Nassim Santos, que não chegou a ser presa porque tinha um habeas corpus preventivo.

Foi o suposto envolvimento da primeira-dama de Campinas que levou os vereadores a marcar para a noite desta quarta-feira a votação sobre o afastamento do prefeito. Apesar de não haver denúncia sobre o envolvimento de Hélio de Oliveira Santos nas fraudes, os vereadores acreditam que, se ele permanecer no cargo, poderá atrapalhar a comissão processante.

O assunto movimenta a cidade desde setembro de 2010, quando começou a investigação do Ministério Público. Esta é a noite de maior participação dos moradores da cidade. Senhas chegaram a ser distribuídas senhas para os manifestantes, que começaram a chegar por volta das 14h. A segurança na Câmara dos Vereadores foi reforçada.

A base aliada do governo tenta provar que o pedido de afastamento do prefeito é inconstitucional. A oposição, no entanto, tenta levar adiante o pedido. A expectativa é que a decisão saia ainda nesta quarta-feira. É preciso que dois terços dos vereadores votem a favor para que o prefeito seja afastado, o que dá mais de 20 vereadores.

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