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Sessão da CPI da Petrobras | LUIS MACEDO/Agência Câmara
Sessão da CPI da Petrobras| Foto: LUIS MACEDO/Agência Câmara

O doleiro Alberto Youssef afirmou nesta terça-feira (25) que o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) é o parlamentar da CPI da Petrobras que o “intimida”. A resposta veio após alguns parlamentares lhe questionarem sobre o tema e ele recorrer ao silêncio sobre esse tema. Após o próprio Pansera cobrar que ele dissesse quem o intimida, o doleiro finalmente respondeu. Youssef

” É vossa excelência. Vossa excelência sabe que minhas filhas nunca foram investigadas e que elas nunca participaram de um esquema. Vossa excelência insiste nisso, em me intimidar, em desvirtuar a situação. Sabe que está errado”, disse o doleiro para Pansera, na acareação com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

O deputado Pansera, aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que não precisava se defender, mas que se sentia ameaçado pelas palavras do doleiro.

“Quero dizer que me senti ameaçado. Não tenho arma, não tenho porte, não tenho segurança, sou um cidadão. Me considero ameaçado por um bandido que está condenado. A CPI tem que tomar alguma prerrogativa em defesa da minha vida”, disse o deputado.

“Não sou bandido. Não estou ameaçando vossa excelência. Vou me defender na Justiça”, rebateu o doleiro.

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) pediu a palavra e disse que gostaria de subscrever os requerimentos de Pansera pedindo a convocação das filhas e da ex-mulher do doleiro. Afirmou que os requerimentos não se tratam de ameaça.

“Seu Youssef, que conhece muito desse submundo, está se sentindo intimidado por muito pouca coisa”, ironizou Marun.

O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), afirmou que um requerimento de convocação por uma CPI não pode ser apontado como intimidação.“Requerimento de convocação de uma CPI não figura como ameaça perante a lei brasileira”, disse Motta.

O deputado João Henrique Caldas (SD-AL), que tinha levantado novamente os questionamentos sobre o tema, afirmou que os parlamentares não estão acima da lei e que o caso deve ser investigado.

“Prerrogativas parlamentares não estão acima do ordenamento penal do Brasil. Todos nós estamos abaixo da lei”, disse.

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