Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
campanha

Zé Maria propõe moratória da dívida externa para investir no social

Candidato do PSTU defendeu a estatização para reduzir o desemprego. Zé Maria criticou o programa Bolsa Família

O candidato à Presidência pelo PSTU, Zé Maria, afirmou nesta terça-feira (20) que a prioridade de seu plano de governo é assegurar o acesso a serviços básicos à população. Para isso, defende a suspensão do pagamento da dívida externa e o investimento desse dinheiro em saúde, educação, habitação e geração de emprego.

"Não vou pagar a dívida externa, para investir em saúde, educação e moradia popular", afirmou, após participar de sabatina promovida pelo portal R7, em São Paulo.

Metalúrgico e um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Zé Maria disse a jornalistas que pretende instituir no Brasil um governo socialista. Propôs a estatização das empresas para o aumento do emprego no país e também mudanças em políticas de distribuição de renda para que a população se torne menos "dependente".

Segundo o candidato, o programa Bolsa Família, criado em 2004 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é uma "ajuda imoral" aos pobres e precisa ser extinta. Zé Maria, inclusive, disse que, caso seja eleito, pretende acabar com o programa nos quatro anos de seu mandato.

"Precisamos investir na geração de emprego. Claro que o Bolsa Família é uma ajuda emergencial necessária. Mas se usarmos os recursos que temos de uma outra forma, é perfeitamente possível acabarmos com essa necessidade em quatro anos".

Zé Maria disse ainda que o Bolsa Família cria um "curral eleitoral" entre os seus beneficiados. Dessa forma, prejudica ainda mais o processo de escolha do próximo presidente da República, que já não é totalmente democrático na opinião do candidato.

Esse processo, segundo ele, já está "maculado". O candidato disse que não é justo que alguns candidatos utilizem-se de R$ 200 milhões para financiar sua campanha, enquanto outros usam R$ 300 mil. Também não é aceitável que um candidato tenha direito a 10 minutos do horário eleitoral gratuito e outros menos de um minuto.

"Tempos iguais, financiamentos iguais", disse ele, que terá 55 segundos dos 30 minutos do horário eleitoral obrigatório exibido em emissoras de rádio e televisão. "Não é correto que o eleitor vote sem nem mesmo conhecer os candidatos".

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.