Animal

Viaje com o pet sem apuros burocráticos

Bruna Covacci com RBS
26/05/2015 11:27
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O ator Johnny Depp foi obrigado a enviar os seus dois cachorros de estimação em um jatinho particular de volta para a Califórnia, nos Estados Unidos, após o governo da Austrália ameaçar Boo e Pistol de eutanásia. Os animais entraram ilegalmente no país onde  o ator estava gravando uma sequência do filme Piratas do Caribe e  não passaram pelo protocolo de 10 dias de quarentena obrigatórios  para qualquer animal.
“Se você começar a deixar estrelas de  cinema entrarem no seu país e quebrar todas as regras, mesmo se  uma delas for o homem eleito como o mais sexy que já viveu duas  vezes, porque não abrir uma exceção para todos?”, questionou o  Ministro da Agricultura, Barnaby Joyce, para a Associated Press. A  polêmica chamou atenção para um procedimento não tão  conhecido dos passageiros: como realizar o trânsito internacional  de animais de estimação?
Cada país tem suas próprias exigências
Todos os países têm requisitos sanitários para a importação de animais. Por isso, a primeira coisa a ser feita é, com antecedência de no mínimo quatro meses, procurar uma unidade da Superintendência de Agricultura no seu Estado ou uma unidade da Vigilância Agropecuária no aeroporto internacional mais próximo. São esses locais que emitem a certificação veterinária internacional do Brasil. Esse documento é uma atividade exclusiva do Ministério da Agricultura. O cidadão pode consultar, no site do ministério, uma lista com as exigências e as especificações básicas de cada país. Como os requisitos sanitários são dinâmicos e mudam periodicamente, a primeira orientação é que a pessoa entre em contato com a embaixada ou consulado do país de destino, para saber o que é preciso apresentar para a entrada do animal.
Se Johnny Depp fosse brasileiro, jamais poderia ter levado os animais.
A Austrália e a Nova Zelândia não aceitam animais do Brasil porque são países livres de raiva já há bastante tempo. A raiva no Brasil é uma doença endêmica.
Microchip
Se o país importador exige que o animal seja identificado via microchip, ele precisa ser aplicado. É o caso da União Europeia, onde, após a aplicação do microchip, o animal ainda precisa tomar uma vacina antirrábica.
E para voltar ao Brasil?
Quando o animal sai em direção ao Mercosul, o certificado tem validade de 60 dias para múltiplas entradas. Para outros países, o certificado só é válido para a ida. O atestado emitido por aqui não tem validade para a volta. Por exemplo: o certificado que o Brasil emite para um animal entrar na África do Sul atesta o cumprimento dos requisitos sanitários do país africano, mas não os requisitos brasileiros. Por isso, antes de voltar, é preciso fazer novamente o trâmite.
Voos domésticos
Para viagens domésticas, a única coisa que se exige é um atestado emitido por um veterinário particular para certificar que o animal está vacinado e apto para o transporte.