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Ataque de abelhas mata 15 cães; saiba o que fazer quando o animal é picado

Amanda Milléo
03/07/2018 10:10
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(Foto: Bigstock)

Um ataque de abelhas na tarde da última segunda-feira (02) deixou 15 cachorros mortos no Lago Sul, em Brasília. Embora o Corpo de Bombeiros tenha sido acionado no momento, oito cachorros morreram no local e, dos 30 que foram encaminhados a um hospital veterinário na região, sete não resistiram aos ferimentos das picadas.
O ataque ocorreu em um canil da região e, segundo informações da imprensa local, os latidos dos cães possivelmente atraíram as abelhas, que têm a audição sensível e estavam em um bueiro próximo. Os cães atacados eram da raça Yorkshire e seriam doados. A proprietária informou em entrevistas que não realizava vendas e que os cachorros estavam em boas condições.

Por que abelhas atacam?

Embora a estação vigente no Brasil seja o inverno, há diversas capitais (inclusive Curitiba) que ainda estão com altas temperaturas, o que favorece o ataque de animais peçonhentos e exige cuidado dos tutores. Abelhas, vespas, marimbondos, aranhas e mesmo formigas podem atacar animais de estimação, caso se sintam ameaçadas.
Uma picada pode não significar nada mais grave e apenas levar à sensação de dor e coceira no local. No entanto, caso o animal seja picado diversas vezes ou seja alérgico, o veneno poderá gerar uma reação alérgica grave e levar a um choque anafilático – como no caso do ataque das abelhas em Brasília.
“Existem duas questões. Ou o animal é alérgico, assim como alguns humanos são alérgicos, e quando receber a picada vai desenvolver uma reação; ou o animal é de pequeno porte e, então, umas 5, 6 picadas são suficientes para colocar o cachorro em risco de morte, visto que a carga do veneno será maior”, explica Luiz Carlos da Luz, médico veterinário da Petz Seminário.
Quando picado, o cachorro poderá apresentar inchaço no local e desconforto, mas é essencial que os tutores fiquem atentos a uma mudança no comportamento. “Salivação, fraqueza, tremor, qualquer sinal que possa indicar uma reação alérgica. Não são muitos cachorros que são alérgicos, mas não tem como saber antes de acontecer um acidente. É bem importante que o tutor fique atento ao comportamento do animal se ele for picado”, reforça o especialista. Identificado um sinal importante, a primeira medida é levar ao hospital veterinário mais próximo.

Abelhas perigosas

No caso de um ataque de abelhas, é importante observar qual é a espécie do animal, segundo Luiz da Luz, médico veterinário. No caso das abelhas que são uma mistura das africanas com as europeias, o risco de ataques é maior. Já nas abelhas tradicionais, o risco seria menor.
“Muitas vezes, quando vem um enxame, são mais de mil abelhas de uma só vez. Cada vez que uma abelha ataca, solta o ferrão e o ferormônio junto, chamando as demais. Um animal picado uma vez vira alvo das demais abelhas e normalmente não recebe uma só picada, o que aumenta ao risco de morte”, explica.

Prevenção 

Alguns cuidados podem ajudar os tutores na prevenção de ataques ou picadas de animais peçonhentos nos de estimação. Confira:
  • Não coloque a cama do animal em cantos da casa;
  • Sempre que puder, estique e sacuda os cobertores dos animais diariamente;
  • Deixe os ambientes sempre limpos e não dedetize a casa com produtos que são apenas desalojantes;
  • Não remova os ninhos de insetos sem a ajuda especializada;

O que fazer

Lambidas excessivas no mesmo local,  dor ou inchaço em uma área específica do corpo, além de sangramentos ou hematomas podem indicar que o animal de estimação foi picado. Fique atento também se o cachorro ou gato manifestar fraqueza, falta de ar, visão turva e batimentos cardíacos acelerados, náusea ou vômito.
Os primeiros socorros, começam por buscar ajuda de um médico veterinário e, no caso das abelhas, acionar o Corpo de Bombeiros (número: 193). Tente manter o animal calmo e imóvel, assim o veneno (caso uma cobra o tenha picado) não se espalhará. Remova roupas, coleira ou qualquer acessório que possa apertar.
Se localizar a mordida, limpe o local com água e sabão, cubra com um pano limpo e leve o animal ao hospital veterinário mais próximo. Também é importante levar o animal peçonhento que o picou, para que consiga receber o soro específico.
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