Animal

Como acostumar seu gato a passear na coleira

Camila Petry Feiler, especial para Gazeta do Povo
12/05/2017 18:00
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A gata Fluffy foi acostumada desde filhote a passear em vários ambientes. (foto: arquivo pessoal)

Treinar o gato desde filhote é uma dica fundamental para quem passear com o bichano, mas não é regra. Muitos gatos podem simplesmente não ter aptidão para o passatempo, principalmente os que têm temperamento mais reservado e inseguro. Patrícia Yukiko Montaño, médica veterinária e especialista em felinos alerta que os gatos se assustam com a movimentação e o barulho dos carros. “Alguns são exceção, mas a maioria dos gatos se assusta e pode ter alguma reação contrária”, comenta Patrícia.
Mas há experiência bastante positivas.  A gerente de lojas Josiane Gonçalves, por exemplo, diz que é preciso entender o tempo do gato e deixar que ele guie o processo. Ela resolveu adotar a coleira porque ia ao parque com a gata Fluffy no colo e tinha medo que o animal fugisse. “Então eu comecei a colocar o peitoral em casa, depois a guia, andava com ela dentro de casa e posteriormente comecei a arriscar passeios mais longos”. Hoje ela frequenta shoppings e parques com a gata e nunca teve problemas.
A Fluffy, da Josiane, passeia desde os 5 meses (Foto: arquivo pessoal)
A Fluffy, da Josiane, passeia desde os 5 meses (Foto: arquivo pessoal)
Como fazer
Para quem quer incluir os passeios na rotina dos bichanos, é preciso seguir algumas orientações. De acordo com Patrícia, é ideal que eles sejam treinados desde pequenos. Dessa forma, é mais fácil para eles se acostumarem com os barulhos e com as pessoas. Josiane, por exemplo, começou quando a gata tinha cinco meses.
Também é preciso ter paciência e disposição. Os gatos vão escolher o itinerário e podem ficar acanhados. Alguns nem vão querer sair. O ideal, ao perceber reações nervosas ou incômodas por parte do gato, é nem insistir.
Com relação à coleira, deve ser providenciado um equipamento próprio para ser usado em gatos, que consiste em uma espécie de peitoral, mais adaptada à anatomia deles, com uma tira que fica ao redor do pescoço, outra ao redor do tórax e, nessa parte, prende-se a guia. O treino começa em casa e, aos poucos, arriscando ambientes externos, sempre preferindo os mais tranquilos aos mais movimentados.
Ter uma plaquinha de identificação, com o telefone de contato do tutor e as vacinas em dia é fundamental. Ao ir para a rua, os bichanos ficam mais expostos a doenças e podem ter contato com outros bichos.
Mas eles precisam passear?
Os passeios podem ser uma saída para os gatos muito agitados e também uma opção divertida, mas não é uma necessidade. Para Patrícia, eles vivem muito bem no ambiente indoor. “Cada vez mais a gente preconiza que os gatos não tenham acesso à rua, diferente do que a gente achava antigamente”, diz a especialista. Ao contrário dos cachorros, os gatos usam as caixinhas de areia para as necessidades e não precisam de um passeio. Além disso, eles são verticais: gostam mais de subir a sair correndo.
Por isso, a orientação de Patrícia é que os donos desenvolvam em casa um ambiente propício para a diversão dos felinos. Dá para fazer isso com prateleiras, tocas, túneis, arranhadores e diversões com petiscos dentro dos brinquedos. “Como eles são caçadores por natureza, brincadeiras que estimulem a caça sempre os deixa felizes”, afirma Patrícia.
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