Animal

Gatos são independentes? Não tanto quanto você pensa!

Bruna Covacci
10/02/2017 09:00
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Gatos não são independentes. Foto: Bigstock.

Para quem tem gatos, a fama de que são superindependentes nem sempre procede. Apesar de exigirem menos atenção quando comparados aos cachorros, os bichanos precisam de diferentes cuidados e até mesmo desenvolveram uma forma de contato com os homens para poderem expressar suas faltas. De acordo com a médica veterinária e professora da PUCPR Kung Barhchi, os miados são uma forma de vocalização desenvolvida pelos felinos para se comunicarem – e representarem seus desejos – aos homens. Fora isso, os animais só miam na relação mãe e filhote.
Instintivamente, os gatos não são animais gregários como leões, podendo viver sozinhos. Em casa, pedem colo, batem com a patinha no dono, dão cabeçadas, se esfregam e ronronam… “As pequenas demonstrações de afeto são sinais de apego”, explica. Com relação às questões fisiológicas eles fazem quase tudo sozinhos: ninguém precisa levá-los para fazer xixi ou cocô. Só é necessário manter a caixa de areia limpa, fornecer água e comida.
O comportamento também tem justificativa histórica. Thais Casagrande, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Positivo, explica que os cachorros foram domesticados para que pudessem auxiliar os homens na caça. Com os gatos a aproximação foi natural. “Ele se aproximou dos homens onde mais havia ratos; por serem bons predadores”, explica. Casagrande aponta a necessidade de momentos de afeto e que o tutor entenda que isso é muito mais do que colocar a ração ou ter sempre água limpa. “Eles precisam de estímulos, carinho e brincadeiras. O indicado é dedicar ao animal pelo menos meia hora por dia”.
Pequenos cuidados
O médico veterinário Diogo da Motta Ferreira, professor da Universidade Tuiuti do Paraná lembra que os gatos costumam conservar mais energia que o cachorro, sendo assim mais fácil de cuidar. “A vida em uma casa ou apartamento pode ser monótona para um animal (ainda mais se ele não tiver a companhia de outro da sua espécie). Assim, algumas vezes, os gatos podem destruir objetos da casa como cortinas, chinelos ou móveis por falta de atividades”, explica. Também não adianta presentear o gato com muitos brinquedos. Se eles ficam à disposição o tempo todo o animal começa a enxergá-lo como parte do ambiente. “O ideal é esconder o brinquedo e depois devolver. Também é bacana estimular o instinto de caça do bicho colocando potinhos de comida em vários lugares e estimulando o faro”.
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