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Oito dicas para economizar com os pets sem afetar a saúde deles

Guilherme Grandi
27/06/2018 07:00
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É possível manter o bem estar do pet e economizar no orçamento. Foto: Samantha Schol/Unsplash.

Com a crise econômica ainda batendo na porta dos brasileiros, economizar virou assunto prioritário. E quando se tem um bichinho de estimação, a preocupação é ainda maior.
Ter um cachorro de porte médio (entre 11kg e 25kg), por exemplo, custa em torno de R$ 278 por mês em gastos com ração, banho, tosa, veterinário e tratamentos médicos, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abrinpet).
Mas dá para reduzir esses gastos. Para  ajudar a manter as contas de casa em ordem quando o assunto é pet, o Viver Bem elencou algumas ações para o tutor gastar menos, sem comprometer, é claro, a qualidade de vida dos animais. Confira:

1- Pesquise outras marcas e preços de ração

Nem sempre a marca mais cara é a melhor ração para os pets. Há diversos tipos de alimentação prontas que oferecem uma qualidade tão boa quanto à similar, de preço mais elevado. “Hoje em dia existem rações especificas para determinadas raças, mas a recomendação, no geral, é sempre oferecer um alimento premium ou superpremium aos cães e gatos”, explica a médica veterinária Leocádia Chalita de Lima, da Esalpet.
Fique atento ainda para marcas novas — muitas fábricas de rações superpremium que estão se inserindo no mercado realizam ofertas competitivas. Também procure lojas especializadas e pesquise em diversos estabelecimentos (muitas vezes, vale a pena comprar pela internet).

2- Compre embalagens maiores

Por mais que uma embalagem maior de ração seja mais cara, comprar várias pequenas pode pesar no bolso no final das contas. Os mercados que vendem no modelo de ‘atacarejo’ que o digam. A médica veterinária Leocádia Chalita de Lima explica que comprar embalagens maiores pode ser um bom negócio “desde que o animal já esteja adaptado àquela alimentação”.
Por exemplo, em um pacote de ração de 10 quilos (marca superpremium) a R$ 221,90: enquanto nessa embalagem o quilo custa R$ 22, uma embalagem menor da mesma marca (800 gramas) custa  R$ 43,90.
Só é preciso, frisa a veterinária, armazenar a embalagem em um local seguro com baixa umidade, e com o lacre bem vedado. Leocádia sugere, ainda, colocar uma quantidade de ração em potes menores e ir fazendo um manejo semanal de acordo com o quanto o animal consome. As embalagens grandes podem durar até dois meses se forem bem conservadas.
É preciso ficar atento ao prazo de validade da ração, principalmente se comprada em grande quantidade ou na promoção. Foto: VisualHunt.
É preciso ficar atento ao prazo de validade da ração, principalmente se comprada em grande quantidade ou na promoção. Foto: VisualHunt.

3- Aproveite as promoções

Uma promoção é sempre  bom, mas o tutor precisa ficar atento para o barato não sair caro. Geralmente os pet shops e supermercados fazem liquidação de produtos – e ração – quando estão perto do prazo de vencimento.
Leocádia explica que “é importante ver a validade e comparar em quanto tempo o animalzinho vai consumir aquele alimento. Se o pacote está bem fechado e bem acondicionado”. Desconfie sempre que encontrar uma ração com um valor muito abaixo do que seria normalmente praticado e guarde a nota fiscal caso precise devolver o produto.

4- Menos petiscos = mais saúde

Assim como para nós humanos, os petiscos dos pets seriam como lanches e doces, que só podem ser consumidos de vez em quando. Para muitos tutores, o biscoito ou ossos de roer são dados como recompensa ou agrado, mas o excesso pode levar à obesidade ou afetar a saúde do pet.
“Ele não pode ser habitual, não pode substituir uma alimentação de verdade. O petisco precisa ser um agrado bem esporádico”, explica a médica veterinária.
Se você compra um pacote de biscoitos todo mês para o seu cachorro ( a R$ 15): em um ano, o gasto apenas com esse petisco é de R$ 180.
Uma forma de substituir os petiscos e ossos é dar algumas frutas e verduras. Veja aqui quais alimentos naturais  que o seu pet pode comer – com moderação, sempre.

5- Banho e tosa

Um banho por semana é o ideal para o cachorro – e também para alguns gatos. “Não é recomendável dar banho mais frequentemente, já que a pele e glândulas dos animais são bem diferentes das nossas”, explica Leocádia. Reduzir a quantidade de banhos no pet ajuda a economizar durante o mês em tempos de crise.
Deixar o banho para cada 15 dias gera uma economia de 50% para os tutores: se um banho semanal custa R$ 45, ele vai gastar R$ 90 ao invés de R$ 180 mensais.
Outra opção é contratar pacotes de banho (os pets oferecem opções que incluem de cinco a 10 banhos, escovação dentária e mais algum serviço extra): a economia pode passar dos R$ 60 em alguns casos quando comparado com o valor das idas avulsas. Geralmente, não há um período determinado para o pacote ser utilizado.
Ou, ainda, dar banho em casa (se houver espaço), sempre com shampoos apropriados.
A tosa também pode ser diminuída, mas vai depender do porte do animal. Os animais de pelo comprido se sujam mais facilmente e os pelos embaraçam mais. “Já os de pelo curto podem ter uma frequência menor”, completa.
O velho ditado já diz que é melhor prevenir do que remediar. Foto: VisualHunt.
O velho ditado já diz que é melhor prevenir do que remediar. Foto: VisualHunt.

6- Contrate um plano de saúde

Ao invés de tomar sustos financeiros em emergências no veterinário (quando uma ida pode incluir exames, internação e medicação) e passar facilmente de R$ 1 mil, que tal pagar um pouco por mês? Existem serviços por R$ 29,90 mensais (o preço muda conforme a cobertura, que vai desde atendimento emergencial até acupuntura).  Veja aqui onde contratar.
Para evitar esses atendimentos emergenciais, a médica veterinária salienta ainda a importância da prevenção e de manter “a vacinação correta, a desvermifugação mais frequente (quatro vezes ao ano), usar antipulgas e ter uma alimentação de qualidade”.

7- Caminhe diariamente

Os animais precisam se exercitar assim como os humanos, se possível todos os dias. É uma forma de mantê-los saudáveis e lembrá-los dos seus instintos primitivos.
“Na verdade, o recomendável seria leva-los para passear três vezes ao dia. A gente sabe que nem todo mundo consegue fazer isso, mas pelo menos uma vez já ajuda”, conta a médica.
Cuidado com brinquedos que possam ser engolidos ou sufocar o seu bichinho de estimação. Foto: Unsplash.
Cuidado com brinquedos que possam ser engolidos ou sufocar o seu bichinho de estimação. Foto: Unsplash.

8- Improvise brinquedos

Se você mora em apartamento, sabe como pode ser difícil manter os cachorros entretidos quando não há ninguém em casa. Usar brinquedos que eles possam morder ou correr atrás são boas opções, mas não precisam ser novos ou caros.
Vários tutores criam os brinquedos para os pets: uma bolinha com aquela meia furada que você não usa mais (lavada e limpa, de preferência), uma caixa vazia (gatos adoram), garrafa pet com pequenos furos (você coloca a ração dentro e o pet precisa rolar a garrafa para se alimentar), entre outros.  Apenas tome cuidado com objetos pequenos demais que possam ser engolidos ou que sufoquem o animal.
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