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Com qual frequência os cachorros e gatos precisam tomar banho?

Guilherme Grandi
05/08/2018 07:00
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A frequência de banhos no inverno depende do porte e dos hábitos do animal. Foto: Unsplash.

A dúvida é frequente entre os tutores, seja inverno ou verão: com que frequência os pets precisam de banho e tosa? Não existe uma resposta única e padrão, já que tudo depende da raça e dos hábitos de vida dos cães e gatos.
Em via de regra, cães saudáveis e mais domésticos podem ficar de três semanas a um mês sem banho. “E os gatos até mais tempo do que isso”, segundo o médico veterinário Rodrigo Friesen, do Hospital Clinivet.
Isso porque tanto os cães como os gatos podem sofrer com variações bruscas de temperatura, principalmente aqueles que têm mais predisposição a problemas respiratórios no inverno. O ideal é reduzir a frequência no frio, e sempre tentar dar banho em dias de temperaturas mais amenas.

Cada bicho é um caso

Apesar de a regra geral ser a de evitar dar banhos em dias frios, cada bichinho tem uma particularidade que precisa ser levada em consideração. Segundo Rodrigo Friesen, cães que sofrem de algum tipo de alergia necessitam de cuidados mais intensos.
“Os que vivem em ambientes com bolor ou poeira precisam de banhos mais frequentes, de uma a duas vezes por semana. É preciso avaliar com critério a necessidade de cada um deles”, explica o médico veterinário.
Os gatos podem não gostar muito de banho, mas precisam ser lavados para retirar o excesso de pelos. Foto: VisualHunt.
Os gatos podem não gostar muito de banho, mas precisam ser lavados para retirar o excesso de pelos. Foto: VisualHunt.
Gatos que possuem problemas como os vômitos de bolas de pelos, por exemplo, necessitam de pelo menos um banho por semana para remover o excesso. “Normalmente eles se limpam sozinhos, mas algumas raças podem sofrer com isso”, diz Rodrigo Friesen.
E ambos os animais podem ter, ainda, doenças específicas como transpiração excessiva ou dermatites tópicas. Nestes casos, somente um veterinário pode indicar qual a frequência adequada de banhos com o uso de produtos específicos para cada situação.

Devo tosá-lo?

Outro cuidado que os tutores devem ter durante o inverno é a frequência com que os pelos dos cães e gatos serão tosados. Também é algo que depende muito da raça e dos hábitos dele.
O médico veterinário Rodrigo Friesen explica que o ideal é manter uma pelagem um pouco mais baixa, para evitar que os pelos embolem ou sujem demais. “No entanto, algumas raças de cães como o chow chow, por exemplo, podem desenvolver uma doença na pele que atrapalha o crescimento dos pelos depois”, explica.
O banho dos pets pode ter um intervalo maior durante o inverno. Foto: VisualHunt.
O banho dos pets pode ter um intervalo maior durante o inverno. Foto: VisualHunt.
Já os gatos podem ter até mesmo uma mudança de comportamento se a tosa for muito baixa: “eles podem desenvolver distúrbios e até se isolarem do convívio com os tutores”. Isso geralmente acontece com raças que possuem pelagem maior, como os gatos persas.
O ideal é que os tutores façam uma escovação frequente dos pets, para retirar o excesso de pelos. Do contrário, a tosa precisa ser apenas até um nível que não afete a temperatura corporal do animal.

Banho a seco

Nos dias mais frios de inverno que a previsão não indique uma temperatura mais amena, é possível experimentar um ‘banho a seco’ com produtos em spray disponíveis em pet shops.
O spray deve ser borrifado sobre os pelos do animal para que ele possa absorver um pouco da oleosidade. Depois é só passar uma toalha para retirar o excesso e secar com um secador – mas cuidado com a temperatura e para não soprar nos olhos do bichinho.
Os sprays de 'banho a seco' também são uma alternativa, mas cheiros e perfumes podem provocar alergia. Foto: Unsplash.
Os sprays de 'banho a seco' também são uma alternativa, mas cheiros e perfumes podem provocar alergia. Foto: Unsplash.
Segundo o médico veterinário Rodrigo Friesen, “o banho a seco não substituiu o banho com a umidade completa do corpo, ele apenas ajuda a higienizar algumas partes do corpo do animal”. No entanto, esses produtos normalmente possuem cheiros ou perfumes que podem acarretar problemas em cães alérgicos, desenvolvendo irritação na pele.
A recomendação é de que o tutor procure um veterinário desde o começo da convivência com o pet, assim ele poderá fazer uma avaliação e dar as devidas orientações sobre os hábitos de higiene do animal.
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