Quando o pet “precisa” fazer parte da cerimônia de casamento

Quem casa quer festa e nada mais natural que este momento envolva todos aqueles de que gostamos. Então por que não incluir o pet nesta data tão especial? “Estamos vendo uma nova tendência nos casamentos, em que os noivos querem a participação de seu animal de estimação”, explica Marcio Acorci, fundador e CEO da Wedy, plataforma digital que ajuda os noivos no planejamento e organização do casamento

Ele contextualiza falando que muitos casais já moram juntos e têm um animal que consideram da família. “Além disso, hoje as cerimônias estão mais alternativas e intimistas, com um clima descontraído”, enfatiza. Mas antes de colocar a roupa de festa no seu amigo, é preciso tomar alguns cuidados e até mesmo ajustar as expectativas de acordo com o comportamento do bichinho.

A primeira recomendação é avaliar de forma bem criteriosa se o pet realmente pode fazer parte da cerimônia e da festa. “No casamento o animal tem contato com pessoas estranhas, um ambiente diferente, música e barulhos, enfim, muitos estímulos, por isso é fundamental avaliar o seu comportamento e colocar o seu bem-estar acima de tudo”, defende Waldemir Oliveira de Rezende, proprietário e adestrador da K9.

Depois de decidir pela participação, é necessário definir o papel que o animal terá no grande dia e se ele está pronto para isso. Muitos optam por apenas ter a presença do bichinho, mas se a intenção for maior, como fazê-lo entrar com as daminhas ou carregar as alianças, talvez seja necessário investir em um treinamento.

Foi o que fez o casal Susan Ramim e Emerson. “A Luly já era adestrada e tem um comportamento muito dócil, mas quando a data foi se aproximando iniciamos os treinos. Simulávamos a entrada justamente com a criança que foi nossa daminha. Ensaiamos inúmeras vezes e quando chegou o dia a Luly se comportou muito bem e surpreendeu a todos”, orgulha-se a técnica em eletrotécnica Susan Carolina Alves de Matos.

Se os noivos fazem questão da presença do animalzinho, outra questão a ser considerada é o lugar da festa. Em Curitiba, nenhuma igreja permite a participação de animais nas cerimônias. “Se os noivos questão, talvez tenham que optar por um outro ambiente para a cerimônia”, afirma Tiffany Lins, wedding planner da Chuva de Arroz Eventos, que já organizou um casamento que contou com a presença dos pets do casal.

“Estes noivos se casaram na chácara da família e levaram seus dois vira-latas.” Segundo ela, além de verificar se o lugar permite a presença dos bichinhos, deve-se pensar como e com quem o animal ficará antes, durante e depois da cerimônia. Ter um espaço para deixá-lo, com água e comida à disposição, é fundamental, assim como um local para que ele faça as necessidades. É importante também ficar de olho para que ele não coma nada que não deva.

Assim como todo convidado especial, o pet também merece um visual caprichado para o dia da festa. Além do banho é possível “vestir” o bichinho especialmente para o momento. Atualmente é fácil encontrar em pet shops trajes já prontos, mas se você quer algo personalizado ou combinando com a decoração ou roupas de pajens e daminhas talvez seja melhor encomendar. E na hora de vestir seu amigo continua valendo a regra de colocar o bem-estar dele acima de tudo: fuja de roupas e acessórios apertados, desconfortáveis ou quentes demais.

Muitas vezes, apesar de todo esforço, não é possível ter a presença do animalzinho na cerimônia ou festa, mas isso não significa deixá-lo totalmente de fora do grande dia. “Uma alternativa é levar o cachorro para o hotel (ou o lugar em que os noivos forem se arrumar), assim ele pode fazer parte das fotos do making of”, sugere Tiffany Lins, wedding planner da Chuva de Arroz Eventos. Se nem isto for viável, vale sempre buscar outras formas de homenagear o amigo de quatro patas, seja incluindo fotos na decoração ou colocando seu bonequinho no topo do bolo junto com os dos noivos.