Animal

Você sabia que cavalos podem ter asma?

Da redação
01/09/2016 15:10
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(Foto: VisualHunt)

Tosse espontânea e persistente ou recorrente, dificuldade respiratória e a presença de sibilos quando se escuta atentamente o pulmão. Esses podem até parecer sintomas da asma e são, mas em um público bem diferente – nos cavalos. Também chamada de asma equina, a doença atinge entre 15% a 20% dos animais, de diferentes raças, e se desenvolve a partir dos sete anos de idade. Por ter sinais parecidos com a asma em humanos, médicos e pesquisadores vão discutir o tema durante o XLIII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia, que ocorre entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, em Curitiba.
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Sobre a origem da doença entre os animais, Pedro Vicente Michelotto Jr, professor da PUCPR e médico veterinário convidado para palestrar no congresso médico, explica que a influência genética ainda é pouco conhecida na asma equina, mas alguns fatores de risco podem desencadear a condição.
A qualidade do ar no campo é maior do que as cocheiras, onde os cavalos normalmente ficam. Da mesma forma, a ‘cama’ de serragem, maravalha ou feno é fonte de poeira e alérgenos, e o feno – que substituiu o capim – faz com que os alérgenos cheguem às regiões mais periféricas das vias aéreas, provocando uma resposta alérgica.
Como tratamento, broncodilatadores e corticosteroides, associados a uma melhora ambiental. “O estudo da terapia celular busca um controle das modificações teciduais observadas na asma, além de procurar fugir dos efeitos colaterais dos medicamentos convencionais que usamos”, diz o médico veterinário sobre o uso de terapia celular no combate à doença nos animais. Embora exista tratamento, a asma equina não tem cura.