Comportamento

Bruna Covacci

Meninas do Clube da Alice falam sobre a importância do apoio mútuo entre mulheres

Bruna Covacci
07/03/2016 22:00
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As amigas Monica Berlitz, Thayza Melo, Luciana Picanço e Georgete Zelawoski. Foto: Wagner Abreu/divulgação.

Se você é mulher certamente já ouviu falar do Clube da Alice, um grupo fechado do Facebook que conta com mais de 180 mil membros mulheres, e tem o objetivo de trocar ideias, dicas e experiências. Ele começou com uma reunião despretensiosa de oito parceiras de profissões variadas, na intenção de fortalecer relações comerciais e estabelecer vínculos de apoio mútuo.
Nos primeiros seis meses, pouco mais de 2 mil mulheres aderiram à proposta, convidadas pelas Alices integrantes e submetidas à aprovação das mediadoras. Das oito iniciais, quatro permaneceram na função: a fotógrafa Luciana Picanço, 39 anos, a designer Thayza Melo, 36 anos, a artista plástica Georgete Zelawoski, 49 anos, as três como coordenadoras, e Monica Balestieri Berlitz, produtora musical de 47 anos, que foi quem tomou a iniciativa de fundar e ampliar o grupo. O resultado foi uma explosão de Alices ligadas em uma rede, trocando experiências sobre produtos, lugares, profissão e até sobre a vida pessoal.
Com quase um ano e meio de existência, o grupo já passou por diversas transformações e inclusões de regras de postagem. Assim, as moças distribuem e consomem os produtos e serviços umas das outras. “A indicação que funciona como um boca a boca é o ponto forte. As mulheres sabem que podem confiar naquilo que a outra Alice está falando”, conta Georgete. Ela ainda lembra que algumas meninas se referem ao clube como um Google personalizado. “As pessoas precisam de mais atenção às vezes. Quando você vê o anúncio de um produto no Google não sabe como ele é, quando alguém fala mais sobre ele é muito melhor”, completa.
“Os cases de sucesso são tantos no grupo que eu jamais conseguiria parar com ele”, conta Luciana. Ela sabe que a iniciativa consegue ajudar muitas mulheres e isso a deixa completamente realizada. “Muita gente consegue uma segunda chance, troca de emprego, consegue impulsionar o seu negócio. É realmente uma oportunidade!”, explica. “É como se ele fosse uma esperança, uma força extra para a mulher”, complementa Georgete.
Aos poucos, alguns programas e ações presenciais começaram a acontecer. O Alice do Bem, por exemplo, é um “braço” do Clube da Alice que se dedica a ações sociais e prática do bem. No momento elas estão fazendo a arrecadação de ovos de Páscoa. Ainda esse mês, no domingo (20), outra novidade é a 1° Corrida e Caminhada das Alices, no Parque Barigui, com mais de 2.400 participantes. Outro projeto que está sendo estudado é o Alice em Forma, uma iniciativa que promete trazer assessoria de corrida e fitness para integrantes do grupo.  Geralmente, o Clube da Alice recebe 6 mil novas postagens diariamente. Para entrar no grupo você precisa ser convidada por uma amiga ou pedir a aprovação das mediadoras.