Comportamento

Rafael Costa

Churrasco, presentes e surpresas: como os curitibanos vão passar o Dia dos Pais

Rafael Costa
13/08/2017 09:30
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Wesley Godoy, pai de Joaquim, de 1 ano, descobriu na véspera do dia dos pais que tem mais um filho a caminho.

O que uma família curitibana vai fazer num shopping na véspera do dia dos pais? No caso do “time” do engenheiro aposentado Tasso Arnold, de 66 anos, não tem nada a ver com presentes. “Viemos tomar sorvete”, conta a filha do meio, a analista judiciária Luciane Arnold, de 38 anos.
“A gente não se preocupa em gastar, comprar presentes. O que vale é se reunir, almoçar, passar a tarde juntos. O presente é o que menos importa”, conta.
A tradição da família é passar a data sempre junta, na casa de um dos filhos de Tasso. São três — o mais velho, Gustavo, de 40 anos, não estava participando do passeio.
O anfitrião da vez é o caçula, o empresário Guilherme, de 33 anos, que planejava um churrasco. “[Na tradição] o cozinheiro nunca é o pai”, brinca Tasso, lançando um olhar sério sobre os filhos.
“Somos todos muito integrados. A filharada veste a camisa da família”, gaba-se. “É minha grande alegria. Como pai, sempre esperei um ‘time’ integrado, e obtive isso.”
Primeiro valendo
A família dos defensores públicos Nicholas Moura e Silva, 29, e Lívia Salomão, 28, ainda não tem uma tradição para a data — nem planos definidos para este domingo eles tinham.
Esta será a segunda vez que Nicholas passa o dia como pai — mas a primeira em que Pedro, de 1 ano, vai participar pra valer. Por isso, a ideia era passar a data em família, só os três — eles são naturais de Juiz de Fora (MG).
Nicholas Moura e Silva e Lívia Salomão vão comemorar em casa com Pedro, que tem 1 ano.
Nicholas Moura e Silva e Lívia Salomão vão comemorar em casa com Pedro, que tem 1 ano.
“No primeiro, como não podíamos sair ainda, fizemos um churrasco em casa”, lembra Nicholas. “Passamos ele, minha mãe e o neném, que tinha uma semana”, conta Lívia.
Nicholas diz que a data ganhou outro significado com a chegada de Pedro. “Antes, se tratava de comemorar com meu pai, tentar agradá-lo. Agora já penso que, como pai — apesar de o Pedro ainda não entender a data — é um momento para ter um tempo especial com ele”, diz.
Por dias dos pais melhores
Daniel Ortigoza, de 36 anos, vai passar este domingo trabalhando — ele é auditor hoteleiro e não escapou da escala. Por isso, aproveitou o sábado para passear com a filha, Isadora, de 3 anos — eles foram ver “Meu Malvado Favorito 3” enquanto a mãe trabalhava num salão.
A data comemorativa anda em débito com a família: no Dia dos Pais do ano passado, a churrasqueira explodiu e causou queimaduras na esposa de Daniel. Ela se recuperou completamente; mas, daquele dia, ficou o susto.
Pode ser que este domingo ainda não vá ser o Dia dos Pais ideal por causa do trabalho, mas Daniel diz que está feliz com a data. Na sexta, ele foi à escola de Isadora fazer pizza e saiu orgulhoso das homenagens.
“Considero um dia muito importante. Eu tomo pelo meu pai, que é muito importante para mim. Eu ligo para ele todo Dia dos Pais. Isadora está com 3 anos e estou sentindo o mesmo da parte dela — a importância que ela dá para mim”, reflete.
Planos para o ano que vem? “Quem sabe, não estar trabalhando naquele domingo”, brinca.
Reforço
O empresário Luciano Peixoto, de 40 anos, vai comemorar a data na Colônia Witmarsum junto com a esposa, a psicóloga Sandra Vaccaro, 37, e os padrinhos de sua filha, Laura, de 4 anos.
A volta no shopping era para comprar um presente para o compadre. “Consideramos ele o segundo pai dela”, conta. Laura e Sandra fizeram mistério sobre ter ou não presente para Luciano também.
O empresário anda viajando bastante: há quatro meses voa todas as segundas para Belo Horizonte (MG). “Ontem, cheguei às nove da noite em casa”, lamenta. “Conseguir ficar o fim de semana com ela, brincar, abraçar, é muito bom. O dia dos pais é importante para reforçar isso, porque acabamos ficando longe por muito tempo”, diz.
Surpresa
Wesler Godoy e o filho Joaquim, de 1 ano.
Wesler Godoy e o filho Joaquim, de 1 ano.
Wesler Godoy, de 35 anos, estava passeando com o filho Joaquim, de 1. A surpresa do dia não veio de nenhuma loja do shopping, mas de um teste de farmácia comprado pela esposa, Lutcha.
“Descobrimos hoje que tem outro a caminho”, contou. “Foi o melhor presente de dia dos pais do mundo.”
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