Comportamento

Raquel Derevecki

Gestante que esperava por menina tem surpresa na hora do parto

Raquel Derevecki
07/05/2019 08:00
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Nancy percebeu algo inesperado entre as pernas de seu bebê, e sua reação foi eternizada pela fotógrafa que acompanhava o parto. Foto: Lauren Jolly

Depois de passar nove meses aguardando sua terceira filha, Rosie, a mãe norte-americana Nancy Ray teve uma imensa surpresa na hora do parto. “O que é isso? Este bebê é um menino?”, perguntou ao segurar a criança pela primeira vez. A moradora de Raleigh, no estado da Carolina do Norte havia realizado um exame de ultrassom para confirmar o sexo do bebê na 18.ª semana de gravidez e acreditou que o resultado estivesse correto.
No entanto, uma má posição fetal durante a realização do exame pode ter contribuído para o equívoco. “Isso pode ocorrer, principalmente, no primeiro trimestre”, afirma o especialista em medicina fetal Andre Miyague, professor no Departamento de Tocoginecologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Segundo ele, as técnicas de ultrassonografia utilizadas atualmente para confirmar o sexo do bebê durante as primeiras semanas de gestação apresentam taxas de acerto próximas de 96% dos casos de meninas e 99% nos casos de meninos. Além disso, nessas situações em que há erro, o fato costuma ser corrigido antes do parto.

“É praticamente impossível não definir o sexo se a paciente fizer outros exames ultrassonográficos durante a gestação. A não ser em casos de patologias que possam dificultar essa definição”, explica o especialista.

No entanto, o pequeno Beaufort William — como foi chamado logo após a surpresa — não sofria de nenhuma doença. O que ocorreu foi um erro no resultado da ecografia que não foi retificado devido à ausência de novos exames. “Em cada uma das minhas gestações, eu tive apenas um ultrassom, que é a varredura da anatomia por volta de 18 semanas”, afirmou a mãe em seu blog.
Foto: Lauren Jolly
Foto: Lauren Jolly
Segundo ela, nas gestações das filhas Milly e Lyndon, esse único exame foi realizado apenas para verificar o estado de saúde das crianças porque o casal decidiu saber o sexo na hora do nascimento. “Sempre tivemos bebês surpresa de gênero e adorávamos descobrir na sala de parto”, afirma.
Só que isso mudou depois da segunda gravidez. “Meu marido disse que precisava saber se seria pai de uma menina pela terceira vez. É claro que ele sempre quis ter um filho, então queria algum tempo para processar se tivéssemos uma terceira menina”, relatou Nancy, que lembra da reação do esposo diante do resultado que temia.

“Quando vimos que era menina, eu fiquei emocionada. Já o Will colocou a cabeça nas mãos e não conseguia acreditar”, recorda a mãe, que riu muito com o esposo. “Foi hilário porque ele vem de uma fila de garotos. Nós não achamos que teríamos uma garota, muito menos três!”.

As semanas passaram rapidamente enquanto se preparavam para receber a filha e, alguns dias antes do parto, Nancy realizou uma segunda ultrassonografia solicitada pelos médicos para verificar a posição da criança. “Eu estava por volta de 38 semanas e eles simplesmente fizeram o exame para confirmar que o bebê estava de cabeça para baixo. Foi muito rápido”, relata a fotógrafa, que não pediu para ver novamente o sexo do bebê e só confirmou a informação dia 13 de dezembro de 2018 durante o nascimento da “Rosie”.
Foto: Lauren Jolly
Foto: Lauren Jolly
Após 24 horas em trabalho de parto, a criança nasceu e Nancy a abraçou com a certeza de que era sua terceira filha. No entanto, percebeu que algo estava diferente. “Virei meu bebê e vi algo interessante entre as pernas dela”, escreveu em suas redes sociais. Nesse momento, a mãe arregalou os olhos e a fotógrafa Lauren Jolly, que acompanhava o parto, eternizou o momento com uma das fotos mais vistas nos Estados Unidos durante os últimos meses.
O pai também se aproximou para confirmar a informação e ambos começaram a rir e chorar. “Por um momento, foi um pouco triste pensar que minha tribo de três garotas não estava acontecendo, mas esses sentimentos desapareceram rapidamente”, relatou a mãe, que agradece a Deus pela família que recebeu. “Isso mostra que Ele nos ama, cuida de nós e, com certeza, gosta de nos surpreender com sua bondade”.

Indicação de ultrassonografias na gravidez

Segundo a obstetra e ecografista Débora de Paula Soares Albuquerque, no Brasil são recomendados ao menos três exames de ultrassonografia durante as gestações de baixo risco. O primeiro deles ocorre assim que a mulher percebe o atraso mentrual e tem o objetivo de identificar o tempo gestacional.
Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram
Além disso, um exame morfológico é realizado no segundo trimestre da gravidez para verificar malformações fetais, e uma ecografia com doppler é feita no terceiro trimestre para avaliar a estimativa de peso ao nascimento. “Isso falando do Sistema Único de Saúde (SUS). Já na rede particular, mais um exame morfológico costuma ser realizado no primeiro trimestre”, informa.
Esse acompanhamento, de acordo com ela, é essencial para a saúde da criança e ainda evita surpresas em relação ao sexo do bebê, já que essa confirmação é possível pela ecografia a partir da 17.ª semana.
Antes desse período, os pais podem optar pela sexagem fetal, que indica o sexo do bebê já na 8.ª semana de gestação por meio de um exame laboratorial simples. Esse exame é feito a partir da coleta de sangue da mãe, tem 99% de chances de acerto e custa aproximadamente R$ 300.
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