Comportamento

Gazeta do Povo, com assessoria

Médicos levam paciente terminal para sessão de cinema com filha

Gazeta do Povo, com assessoria
15/03/2019 08:24
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A ação foi registrada na tarde de 28 de fevereiro na cidade de Criciúma, em Santa Catarina, e emocionou quem estava no shopping.Foto: Divulgação

Uma ambulância estaciona em frente ao shopping. Médicos se aproximam com equipamentos de emergência e carregam o contabilista Carlos Roberto Bernardino, de 55 anos, em uma maca. Ele sofre de uma doença neurológica grave e é levado ao centro comercial para assistir a um filme no cinema com a filha, de dez anos.
A ação foi registrada na tarde de 28 de fevereiro na cidade de Criciúma, em Santa Catarina, e emocionou quem estava no shopping.
De acordo com a direção do Hospital Unimed Criciúma, a família do paciente entrou em contato com a Comissão de Cuidados Paliativos da unidade e perguntou se o homem poderia realizar alguma atividade com Manuela na data do aniversário dela.
Na conversa, os familiares comentaram que a menina assistiria ao filme Cinderela Pop no dia 28, e a equipe médica iniciou os preparativos para realizar o encontro surpresa na sala de cinema.
Foto: Divulgação
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Na data prevista, uma equipe multidisciplinar foi mobilizada para acompanhar o paciente. Ele foi transportado por uma ambulância da instituição hospitalar e conduzido em cima de uma maca até a sala. Lá, vários parentes aguardavam o encontro da filha com o pai e se emocionaram com a cena.

“Jamais iremos esquecer este momento. Não imaginamos que poderia ser possível, e a Manuela ficou muito feliz”, disse a mãe Marli Rocha Bernardino. “Cada sorriso do meu irmão atualmente é uma conquista e eu nunca tinha visto ele tão feliz assim. Foi emocionante”, completou o irmão do paciente, José Paulo Bernardino.

Foto: Divulgação
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Carlos está internado no hospital desde o dia 8 de janeiro e participa do Programa de Cuidados Paliativos, no qual uma equipe de médicos e psicólogos oferece atenção diferenciada aos pacientes em situação terminal.

“A doença e a aproximação da morte podem ser um momento oportuno para revisar a vida, aprofundar relações, se autoconhecer. Então, é importante que os anseios e vontades do paciente sejam escutados, pois ainda é um sujeito em vida”, explica a psicóloga da Unimed, Vânia Ellen.

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