Comportamento

Willian Bressan

ONG de Curitiba tem inscrições abertas para quem deseja contar histórias e encantar

Willian Bressan
20/01/2016 14:02
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Voluntários levam alegrias a pacientes em situações fragilizadas. Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

O Instituto História Viva, de Curitiba, anuncia que está com vagas abertas para quem deseja ser um ouvidor e contador de histórias. A organização, sem fins lucrativos, treina e forma voluntários para atuar contando histórias para pessoas que estão em situação frágil, como em hospitais. Não há um perfil ou pré-requisito para ser um voluntário como se poderia supor. Roseli Bassi, empreendedora social e diretora do História Viva, explica que a voluntária mais nova tem 12 anos e a mais idosa tem 83. “Não exigimos nada de quem deseja ser voluntário. Todos os perfis são respeitados. Pode ser uma pessoa mais tímida, mais extrovertida. A única coisa que, caso a pessoa não tenha e vai precisar desenvolver é o hábito da leitura”, explica Roseli.  Ao longo de uma década de história, formou mais de 2 mil voluntários e, por ano, atende 14 mil pessoas em situações de fragilidade física e emocional.
A 29ª turma da ONG está com inscrições abertas até o dia 20 de fevereiro.  Tornar-se um voluntário do História Viva exige comprometimento e dedicação. A instrução vem através de diversos módulos do treinamento ministrado pelo instituto. O treinamento se divide em etapas, a começar pela conscientização sobre ser voluntário, com vídeos e palestras sobre como funciona a contação de histórias para pessoas internadas em hospitais. Tem ainda a contextualização do trabalho voluntário no Brasil e suas responsabilidades, capacitação técnica, oficina de valores humanos, integração e desinibição, como abordar e contar histórias a uma pessoa estranha.
Há ainda técnicas de ouvir e contar enredos, jornada do herói e toda uma pedagogia e bibliografia específica. Os voluntários também aprendem sobre ambientação hospitalar, cuidados de higiene, e respeito às regras e equipe do hospital. Ao final do treinamento, eles apresentam uma banca de contação de história para veteranos e apresentação um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). “É um plano de ação em que eles provam para a gente como eles se veem como voluntário daqui a seis meses, um ano e cinco anos. Uma visão de futuro para que eles possam projetar uma visão mais comprometida com o trabalho de voluntariado”, diz Roseli. Após a formatura, há um período de estágio no qual o voluntário doa o seu tempo visitando e contando histórias a crianças, adultos e idosos internados em hospitais.
Curso
A primeira etapa da 29ª turma inclui aulas teóricas, que serão realizadas aos sábados, das 9h às 12h. O treinamento ocorrerá entre março e junho, na FAE Business School. Em seguida, os futuros voluntários participarão do Projeto Carona, de 19 de junho a 31 de julho. “Nesse período de vivências, os conhecimentos adquiridos na etapa teórica serão aplicados por meio de visitas supervisionadas em hospitais, lar de idosos e abrigos de crianças e jovens. As visitas terão duração de 2 horas e serão em dias e horários a serem escolhidos pelos voluntários, que ao final serão certificados pelo Instituto História Viva”, explica Roseli.
Para cobrir as despesas do treinamento, jaleco e crachá de contador de histórias será solicitada uma contribuição de R$ 170. Quem quiser incluir doação para a ONG, o valor será de R$ 250. As incrições podem ser feitas através do site.