Comportamento

Eloá Cruz

Os conflitos mais comuns dos recém-casados

Eloá Cruz
22/08/2016 14:00
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Foto: Bigstock

Construir um casamento evitando conflitos é uma arte. No primeiro ano, as duas partes precisam se esforçar para que todas as questões sejam discutidas e resolvidas na relação.
A formação da família passa por várias fases dentro do seu ciclo vital, e tornar-se um casal de verdade é uma das tarefas mais difíceis. “Não são apenas duas pessoas que se unem, mas histórias, crenças e legados de suas famílias de origem”, diz a psicóloga Elza Artigas, especialista em terapia familiar e de casais.
Confira as sete desavenças mais comuns enumeradas pelos especialistas e saiba como resolver cada questão:
Individualidade
Numa relação a dois, a individualidade precisa ser mantida. A falta dela é uma das principais causas de desentendimentos. O casal deve curtir a vida a dois, mas é preciso respeitar a individualidade de cada um. “A relação tem que ser regada e cuidada como uma flor, é fundamental ter o espaço individual. Tem que ter um balanço entre o meu, o seu e o nosso”, avalia Elza Artigas.
Tradições de família
Segundo Carolline Mokosz, todos nós adquirimos crenças sobre relacionamentos e interação do casal por meio da cultura, da nossa família de origem, dos meios de comunicação e pelas experiências anteriores. É preciso buscar um equilíbrio para saber até que ponto as tradições de família devem interferir na vida social do casal. “Se eu decidi conviver com um parceiro, vou aprender a conviver com as suas crenças e respeitar os seus valores, sem necessariamente ter de mudá-los”, esclarece.
Finanças
A relação com o dinheiro precisa ser muito bem definida. “A questão financeira é um marco para os recém-casados. Quanto mais esclarecidas essas questões, maior a chance de evitar conflitos”, sugere Elza Artigas. Dividir o pagamento das contas e deixar claro todo o orçamento familiar é fundamental para vida a dois.
Planejando as férias
Nem sempre é possível organizar as férias juntos, isso porque a rotina de trabalho do casal nem sempre é flexível. Segundo a psicóloga Carolline Mokosz, o casal deve conversar a respeito dessa expectativa para tentar conciliar, ou não, as férias. É importante saber que passar as férias num período diferente do parceiro não é o fim do mundo. “A interação do casal não depende somente desse período. Momentos de lazer devem ser estabelecidos por situações espontâneas.”
Tempo juntos
Nem sempre a rotina de trabalho do casal é compatível e a necessidade de realizar tarefas juntos vai depender das características e valores de cada um. “Há casais que suportam ter uma vida com horários incompatíveis durante a semana e compensam o tempo juntos nos dias de folga. Há outros que precisam até trocar de emprego para conciliar a convivência a dois”, conta a psicóloga Elza Artigas. Em caso de viagens profissionais, o casal precisa conversar para saber se o esforço compensa.
Rotina sexual
Com o tempo, é natural que o relacionamento sexual caia na rotina. Os cônjuges criam expectativas irrealistas no relacionamento e na natureza do relacionamento íntimo. “Pouco diálogo para resolver os pequenos conflitos do dia a dia vão refletir também na sexualidade”, afirma a psicóloga Carolline Mokosz.
Rotina e cuidados com a casa
Com a convivência sob o mesmo teto, a relação à dois precisa ser construída com muita paciência, sabedoria e flexibilidade. Segundo a psicóloga Carolline Mokosz, não se deve esperar ou prever que o parceiro adivinhe o que o outro quer, é preciso comunicação clara. “São as expectativas atribuídas ao outro que levam geralmente a distorções que são transformadas em demandas irrealistas que vão produzir desapontamento e frustração, gerando um conflito”.
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