Saúde e Bem-Estar

Verão inesquecível depende de cuidados com o sol e com a segurança das crianças

Daniel Batistella, especial para a Gazeta do Povo
18/12/2015 22:00
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Foto: Bigstock

A regra de ouro de exposição solar de crianças acima dos seis meses de idade é a mesma que a indicada a adultos: evitá-la das 10h às 16h. Aos menores de seis meses, a norma é radical. Eles não devem nem ficar ao sol, nem receber aplicação de protetores solares. Somente dos seis meses aos dois anos indicam-se os protetores físicos e, acima desta idade, também os químicos.
Os protetores devem ser aplicados pelo menos 15 minutos antes da exposição solar e 30 minutos antes de entrar na água. E reaplicados a cada duas horas ou após o banho de mar ou piscina. “Não se esqueça de que em dias nublados os raios ultravioletas também agem e a criança pode se queimar com o mormaço”, lembra Cristina Cardozo, médica intensivista e professora de Pediatria da Universidade Positivo. Além do protetor solar, ela indica o uso de roupas e acessórios com filtros UV, óculos escuros que absorvam acima de 99% da radiação ultravioleta, chapéus, bonés, barracas a guarda sol.
Alimentação e hidratação
O tempo ideal para se alimentar é entre trinta minutos e uma hora antes de ir à praia, indica Lygia Petrini, chefe do serviço de Pediatria da UTI do Hospital Vita. A preferência deve ser por alimentos frescos e leves, de fácil digestão. Durante o período na praia, não se deve ficar mais de três horas sem ingerir algo: frutas frescas e da época, barras de cereais, sorvetes. Se a atividade for intensa, o intervalo precisa ser menor. “Cuide com alimentos vendidos na praia e dê preferência aos transportados em isopores e coolers, com embalagem fechada, data de preparo e validade”, diz.
Como as crianças desidratam rápido, sucos, água e água de coco são os mais indicados para hidratá-las e devem ser consumidos em intervalos regulares. “Quanto mais quente o dia, maior terá de ser a hidratação. Evite bebidas lácteas, por serem perecíveis, e sucos de frutas cítricas, porque podem manchar a pele”, diz. Se a criança está com a boca seca, fica mais quieta do que o normal e sonolenta, isso pode indicar desidratação.
Na praia, pais devem ficar sempre perto
A dica é simples e direta: crianças nunca podem ficar desacompanhadas dos pais, mesmo quando brincam na areia. “Pequenas ondas podem derrubá-las e elas têm dificuldades de levantar, podendo afogar em pequena profundidade”, explica a tenente Rafaela Mansur Diotalevi, do Corpo de Bombeiros do Paraná.
Outro cuidado é com a falsa sensação de segurança que o uso de boias, coletes e similares transmitem. Segundo Diotalevi, quando usam estes acessórios as crianças perdem a noção de profundidade e podem acabar sendo levadas por uma corrente ou até mesmo cair em um buraco, não tendo condições de retornarem sozinhas ao raso. “A água nunca deve ultrapassar a linha do umbigo da criança”, recomenda. Também é importante pedir orientação aos guarda-vidas quanto ao melhor local para tomar banho de mar, pensando em praias rasas e calmas para as crianças. E identificá-las com pulseiras, que podem ser encontradas com o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar em pontos na orla. “Preencha com o nome da criança e o telefone dos pais e/ou responsáveis”, diz.
Repelentes
Repelentes devem ser usados somente se houver exposição a insetos. Ele não deve ser aplicado ao mesmo tempo em que o filtro solar, pois o período de reaplicação deles difere. A maioria dos repelentes é liberada apenas após os dois anos de idade e devem ser aplicados no máximo duas ou três vezes ao dia.