Moda e beleza
Andrea Torrente
Fashion Week de Londres será a primeira sem peças de pele animal
Foto: Charisse Kenion / Unsplash
A fashion week de Londres 2018 será a primeira a não ter peças feitas com pele de animais nas passarelas. O British Fashion Council, que promove o evento, anunciou nesta semana que nenhum estilista usará o material nos desfiles. A London Fashion Week ocorrerá de 20 a 23 de setembro.
O uso de pele animal para confeccionar roupas é um tema que tem se tornado cada vez mais sensível no mundo da moda, levantando inclusive protestos por parte dos defensores dos animais. Manifestações contrárias a exploração animal foram realizadas na fashion week de Londres em 2016 e 2017.
“É uma tendência que temos visto ao longo dos últimos anos, com cada vez mais marcas que decidem usar materiais alternativos”, disse Caroline Rush, coordenadora do comitê organizador, ao jornal britânico The Guardian.
Entre as marcas que disseram adeus à pele animal estão Stella McCartney (já conhecida por seu posicionamento contra o uso de matérias-primas obtidas através de animais), Gucci, Yoox, Net-A-Porter, Versace, Vivienne Westwood e Burberry: “Não acho que seja compatível com o luxo moderno e com o meio-ambiente em que vivemos”, explicou Marco Gobbetti, chefe executivo da Burberry, ao site Business of Fashion.
Embora usar pele e couro animal não seja proibido no Reino Unido, as marcas buscam cada vez mais fazer opções éticas. A fashion week de Helsinque, na Finlândia, até baniu o couro no mês passado.
Livrar-se da pele animal pode, porém, abrir outras questões, como no caso do uso de materiais sintéticos alternativos produzidos sem respeitar princípios éticos ou de sustentabilidade ambiental. Criados, por exemplo, com produtos altamente tóxicos e poluentes.
Algumas marcas foram inclusive além da banição da pele. A britânica Asos proibiu peças criadas com seda, cashmere e mohair, tecido sedoso produzido com pelos de cabra.
