Moda e beleza

Redação

Testamos: giz colorido pinta cabelos sem usar química, mas mancha a pele e roupas

Redação
13/09/2017 12:00
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Testamos duas das quatro cores que compõem o novo produto da "quem disse, berenice?", que promete colorir os cabelos instantaneamente. Fotos: Letícia Akemi / Gazeta do Povo | Leticia Akemi

A proposta é irresistível: um giz colorido capaz de pintar os cabelos em segundos e sem envolver nenhuma química. O produto existe, tem nome e foi lançado há menos de duas semanas pela “Quem disse, berenice?“. Batizado de “cada humor uma cor”, o giz vem em quatro cores vibrantes – azul, rosa, roxo e vermelho – e promete colorir até os fios mais escuros de modo instantâneo e temporário,  sem ressecar os cabelos ou manchar as roupas.
Ficamos curiosas com as promessas e decidimos testar nos nossos próprios fios. O resultado e os vereditos você confere a seguir:

Sharon Abdalla – cabelos loiros

Antes e depois. Foto: Letícia Akemi / Gazeta do Povo
Antes e depois. Foto: Letícia Akemi / Gazeta do Povo
Já usei química nos cabelos, que agora estão naturais, mas nunca tinha me aventurado a pintá-los com tons fantasia. A possibilidade de fazer isso, mesmo que temporariamente, soou divertida. A fácil aplicação do giz foi o primeiro ponto positivo – basta passar o produto sobre os fios para a cor “viva” começar a aparecer.
Cerca de meia hora depois, no entanto, boa parte já havia saído dos cabelos e se acumulado nos ombros, na roupa e onde mais eu me encostasse. Também tenho por hábito passar as mãos pelos cabelos e sempre que fazia isso elas ficavam coloridas. Esses pontos fazem com que o uso do produto no dia a dia não seja tão interessante, a não ser que você não se importe em colorir mais do que os cabelos ou em compartilhar a cor com as pessoas que se aproximarem dele.
A textura dos fios na mecha em que apliquei o produto também mudou, ficando similar à de quando se usa spray fixador. A marca sugere o uso de shampoo demaquilante para a retirada do giz, mas no meu caso não foi necessário. Bastou retirar o excesso com um lenço de papel e lavar o cabelo normalmente.
Veredito: Não usaria o giz colorido novamente e só o indicaria para casos em que a pouca fixação do produto não comprometesse as atividades diárias, como em festas ao ar livre.

Vivian Faria – cabelos castanhos

Gosto de cabelos coloridos, mas nunca quis mudar a cor do meu. O giz para cabelos me pareceu, então, uma boa opção para uma brincadeira “sem compromisso”. Algo como a época do rímel colorido durante a minha infância.
A pigmentação inicial, forte mesmo num cabelo castanho como o meu, enfraquece rapidamente, com os movimentos naturais da cabeça e a passagem das mãos pelo cabelo. Isso significa que todo o pó que compõem o produto cai sobre roupas e ombros, e que a bagunça é quase inevitável (se a aplicação for só em mechas superficiais, talvez ela seja menor).
Além disso, como é um giz, a textura do cabelo muda bastante. O meu, que é bem fino, ficou bastante embaraçado e só consegui limpá-lo mesmo depois da segunda lavagem.
Veredito: A experiência foi válida – e divertidíssima! Porém, para manter os cabelos coloridos durante um dia inteiro ou para um evento, o produto deixa a desejar.

Marina Mori – cabelos pretos

Antes e depois. Foto: Letícia Akemi / Gazeta do Povo
Antes e depois. Foto: Letícia Akemi / Gazeta do Povo
Minha última – e única – aventura com cabelos coloridos deve ter sido há mais de uma década, quando eu ainda era criança. O método: papel crepom. Por isso, não pensei duas vezes em testar a novidade da “quem disse, berenice?“; meu maior medo era de que o pigmento não fosse suficiente para colorir meus fios quase pretos. E não é que funcionou de primeira? Mal contive a alegria quando vi o tom vibrante de pink em mim.
Mas a euforia durou bem menos do que eu gostaria. Em poucos minutos (uns 15), meus ombros ficaram completamente cor de rosa – quase como se eu tivesse acabado de sair do Holi Festival, a festa indiana colorida que celebra a chegada da primavera; duas horas depois, mal se via que um dia (ou seriam minutos?) meus fios ganharam outra cor que não preto. Fiquei um pouco frustrada.
Veredito: A brincadeira vale a pena! Mas, como a Sharon e a Vivian comentaram, prepare-se para sair toda colorida. Na verdade, vou confessar uma coisa. Estou é contando as horas para repetir a dose em uma festa de rua. Quanto tempo falta para o carnaval?
A diversão é garantida, mas os resultados duram (bem) pouco tempo. Foto: Letícia Akemi / Gazeta do Povo
A diversão é garantida, mas os resultados duram (bem) pouco tempo. Foto: Letícia Akemi / Gazeta do Povo
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