Moda e beleza
Bruna Covacci
Shorts nunca mais! Confira a evolução do estilo de Axl Rose
Foto: Reprodução.
Tudo seria melhor para Axl Rose se o mundo estivesse congelado nos anos 1990. A banda Guns N’ Roses vivia uma boa época com o sucesso comercial de “SweetChild o’ Mine”, lançado em agosto de 1988.
(vamos voltar para esse momento antes de continuar, que tal?)
A fase maravilhosa durou pouco. Em 1993 a formação da banda se desfez, deixando mais de duas décadas de saudade para os fãs. Agora, Axl Rose, Slash e DuffMcKagan se reconciliaram e voltaram para uma turnê de shows. Em Curitiba, a apresentação acontece na Pedreira Paulo Leminksi, na quinta-feira (17).
Mas, se eles voltaram, por que era melhor que o mundo tivesse congelado?A combinação de uma vida desregrada, cheia de vícios e o envelhecimento natural – hoje o cantor está com 54 anos – fez mal para a imagem do colírio das meninas que nasceram nos anos 1980 e 1990. Seu rostinho não serve mais para estampar o pôster da revista Capricho e ele nem mesmo pode cantar sem camisa ou com o shorts justérrimo.
O estilo roqueiro mostrado na escolha das roupas, atualmente, se transformou na mistura das peças do seu guarda-roupa que ainda cabem com uma pegada “cantor velho de country”. Talvez uma transformação no estilo Ozzy Osbourne tivesse feito melhor à imagem – discreta, sem muitos exageros.
Enquanto pôde, insistiu em cantar exibindo o peitoral. Depois, passou a usar camisa social aberta, sempre pesando nos acessórios como correntes e anéis. Michelle, moça tatuada em seu braço direito, não aparece mais.
A nostalgia aparece nas bandanas usadas desde sempre. Às vezes, no entanto, o chapéu entra em cena.
O rosto lisinho deu espaço para barba e até bigode, quase num estilo Lionel Richie. Imaginamos o calor que o cantor deve passar ao cantar com jaqueta de couro. A voz já não é a mesma, assim como a performance no palco.
O pesou aumentou, a quantidade de roupas também. Mas não há o que diminua o amor dos fãs pelo cantor. Agora, nada de jogar celular da janela do quarto do hotel ou execrar os jornalistas. Repaginado, Axl está mais “paz e amor”: nitidamente mais manso e brincalhão. Quem imaginaria que ele deixaria de lado as rusgas com os velhos companheiros? Ou que, em nada lembrando o astro intocável do início dos anos 1990, iria , pianinho, para cantar em outra banda, como aconteceu com o AC/DC? Fora de forma ou não, ele sempre será o importante homem loiro que despertou o amor pelo rock em jovens de todo o mundo.