Campanha

Dia Mundial da Amamentação é comemorado nesta sexta-feira

Jennifer Koppe
01/08/2014 13:38
Thumbnail

O aleitamento materno é incentivado em todo o mundo, pois oferece benefícios para mães e bebês | sxc.hu

Amamentar um bebê é um ato de amor, fisiológico e natural, mas, nos dias de hoje, realizá-lo não é tão simples quanto deveria ser.
Na América Latina, menos de 40% das crianças são amamentadas exclusivamente nos primeiros seis meses de vida, como recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo levantamento da entidade, a média brasileira de aleitamento materno exclusivo é de apenas 54 dias. E embora seja recomendado amamentar as crianças até os 2 anos ou mais, a média do Brasil é de 342,6 dias, menos de um ano.
Entre os motivos que dificultam a amamentação estão: a falta de informação sobre as suas vantagens, a pressão do mercado de trabalho, a falta de apoio e incentivo de médicos, enfermeiros e até da própria família, além do preconceito.
Para comemorar a Semana Mundial de Aleitamento Materno que começa nesta sexta-feira (dia 1º), incentivar a sua realização e acabar de vez com as controvérsias a respeito do assunto, mães de todo o país promovem, neste sábado (2 de agosto), a Hora do Mamaço. Em Curitiba, o "protesto do bem" acontece no Jardim Botânico, a partir das 14 horas.
De acordo com uma das organizadoras do movimento, Karol Mello, o evento quer divulgar a importância do aleitamento materno e os benefícios que vão além da comida. "Além de chamar a atenção para o preconceito sofrido pelas mamães que amamentam em público", explica.
Este é o terceiro ano consecutivo que a Hora do Mamaço acontece na capital. Além de Karol, participam também da organização Larissa Abreu e Daniele Mendes. "A cada ano superamos o número de participantes e simpatizantes. O apoio tem sido cada vez maior".
Durante o ato, além da reunião de mães que amamentarão ao mesmo tempo, haverá oficina de sling, palestra com a coordenadora do Proama, Claudete Closs e a assinatura do manifesto "Lei de Proteção à Mãe que Amamenta: em qualquer hora em qualquer lugar", que busca alcançar 100 mil assinaturas para serem enviadas ao Congresso Nacional. "Até agora, o movimento tem apenas cerca de 9,5 mil assinaturas", alerta Karol.