Saúde

Driblando a temida cistite

Ana Luiza Prendin, especial para a Gazeta do Povo
16/06/2013 03:11
Thumbnail
De um dia para o outro, a ida ao banheiro pode se tornar uma verdadeira tortura. Dificuldade e ardência na hora de urinar, coloração e odor alterado da urina e até mesmo aparecimento de sangue são alguns dos infortúnios que muitas mulheres têm de conviver e que revelam uma infecção bacteriana na bexiga, conhecida como cistite.
"Por questões anatômicas, a mulher acaba sendo uma vítima mais frequente da infecção", explica Claudete Reggiani, ginecologista e professora do departamento de Tocoginecologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ela observa que a uretra feminina, mais curta que a do homem, facilita a entrada, fixação e multiplicação das bactérias na bexiga.
O tratamento para a cistite é feito com antibiótico. Para isso, o urologista Luiz Carlos de Almeida Rocha explica que é preciso fazer um exame clínico da urina, para identificar a bactéria e assim encontrar o medicamento mais eficiente para combatê-la. O tempo de recuperação é de aproximadamente uma semana.
Mas a grande dificuldade é que nem sempre o corpo responde bem ao antibiótico. Algumas mulheres acabam tendo uma reincidência da infecção, tanto por não ter acertado na medicação para combater o microorganismo como também por fatores externos. Claudete Reggiani aponta que o uso do anticonceptivo diafragma, a menopausa e a relação sexual aumentam as possibilidades da infecção na mulher.
Foi o contato sexual, inclusive, que dificultou o tratamento de Nívea*, que sofre com uma cistite recorrente há cinco anos. "O antibiótico funcionava por pouco tempo, a dor acabava voltando depois de alguns meses", relata. Para contornar a situação, ela passou a tomar uma dose única de antibiótico após a relação. "Outra recomendação para estes casos é a utilização do medicamento por um período prolongado", afirma Claudete.
A ginecologista também recomenda que a mulher procure rapidamente um especialista, pois os sintomas podem não estar relacionados necessariamente a uma cistite (ou seja, a uma infecção na bexiga). As bactérias podem estar atuando em outros órgãos, como uretra, ureter e rins. Assim, evita-se a automedicação incorreta ou que se atrase o tratamento.

Enquete

O último feriado do primeiro semestre vem aí. Qual a melhor forma de aproveitá-lo?

Newsletter

Receba um resumo dos nossos conteúdos no seu e-mail!