Estudo

Exercícios físicos podem ajudar a longo prazo quem tem insônia

AFP-Relaxnews
23/08/2013 19:31
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Uma cura para os distúrbios de sono poderia estar na academia, mas não espere por um alívio da noite para o dia, dizem pesquisadores | Gastón M. Charles/shutterstock.com

Enquanto a lógica dita que exercícios regulares podem melhorar seu sono, um pequeno novo estudo descobriu que para pessoas que sofrem de insônia ou distúrbios do sono, a resposta pode não ser tão simples.
Em um novo estudo publicado na semana passada, os psicólogos clínicos e pesquisadores do sono da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, recrutaram 11 pessoas com insônia do sexo feminino para testar se 30 minutos de exercícios físicos regulares de três a quatro vezes por semana ajudariam a melhorar seu sono. O programa continuou durante 16 semanas.
No entanto, através de registros diários, elas raramente apresentavam melhoras no sono depois de terem se exercitado durante o dia. Além disso, elas se exercitavam por períodos menores de tempo no dia após uma noite de sono ruim. Depois de dois meses, as participantes não relataram que o sono melhorou depois do programa de exercícios; depois de quatro meses, no entanto, elas começaram a mostrar melhorias.
Enquanto a pesquisa anterior mostrou que para a maioria das pessoas o exercício pode melhorar o sono, para os insones a relação entre uma coisa e outra é um pouco mais complicada, como mostraram esses novos testes.
A lógica disso? A pesquisadora chefe Baron disse ao New York Times que pessoas com insônia tendem a ser "neurologicamente diferentes" e têm uma "hiperexcitação do sistema de estresse."
Suar a camisa na academia um dia não é garantia de colocar o sistema de volta nos eixos, ela disse, e pode até agravar a situação.
Ainda assim, se você luta contra a insônia e não se exercita atualmente, Baron disse que é aconselhável começar. Só que não espere por milagres. O processo pode levar meses, o que pode ser frustrante para alguém que sofre de insônia.
"Demorou quatro meses" no estudo, Baron contou ao New York Times, mas acrescentou que, nesse ponto, os indivíduos "estavam dormindo pelo menos 45 minutos a mais por noite."
"Isso é muito, tão bom quanto ou melhor" do que diversas opções atuais de tratamento, incluindo medicamentos, que são disponíveis para insones, acrescentou.
Os resultados foram publicados na internet na semana passada pelo periódico The Journal of Clinical Sleep Medicine: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23946713