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Notas: confira as novidades e descobertas nas áreas de saúde e bem estar

Gazeta do Povo
18/07/2013 03:08
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Junk food no hospital
Coxinhas, refrigerantes e hot dogs não são os alimentos ideais para pacientes em tratamento contra o câncer, mas no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, eles podem ser incorporados à dieta de internados na Unidade de Oncologia. "Em determinado ponto do tratamento, priorizamos o bem-estar e a aceitação alimentar e, aos poucos, reintroduzimos a alimentação saudável", explica Juliana Bernardo da Silva, nutricionista da unidade. Para o paciente, nem sempre o cardápio tradicional é tão atrativo. Além disso, os tratamentos contra o câncer, como a quimioterapia, radioterapia e o transplante de células-tronco hematopoiéticas podem resultar em náuseas, vômitos, inapetência, mucosite, boca seca e alteração no paladar. A combinação de todos esses fatores pode resultar na baixa aceitação alimentar, perda gradativa de peso, apetite, e comprometimento do estado nutricional do paciente, o que está associado a índices maiores de morbidade e mortalidade, infecção, tempo de hospitalização, menor resposta ao tratamento e maior custo hospitalar.
Próstata vaporizada
Cerca de 80% dos homens acima dos 50 anos apresenta um crescimento na próstata não ocasionado por câncer, a hiperplasia prostática benigna. Para quem o uso de medicamentos não soluciona o problema, a cirurgia pode ser necessária. Segundo o urologista José Antônio Caldeira, do Hospital Vita Batel, a vaporização da próstata por plasma de baixa temperatura é uma alternativa ao procedimento cirúrgico padrão e ao uso do laser. O método tem menor tempo de cirurgia, cateterismo (drenagem da urina) e internação (até três dias).
Obesidade é doença
Durante a reunião anual do American Medical Association (AMA) a obesidade foi declarada doença. Espera-se que isto impacte em novas políticas públicas, diminuição no estigma dos pacientes, reembolso no tratamento médico e a inclusão no próximo Código Internacional de Doenças.
Jovens hipertensos
A hipertensão acomete cada vez mais jovens: são mais de 3,5 milhões, entre crianças e adolescentes, somente no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão. "Se não tratada, haverá mais tempo para causar danos ao coração, rins, cérebro e vasos sanguíneos", alerta o cardiologista do Hospital do Coração, Celso Amodeo. Pesquisa com 3 mil crianças brasileiras acima dos 7 anos mostrou que 10% delas apresentava hipertensão, principalmente pelo consumo excessivo de sódio, presente em pães, queijos, enlatados, embutidos, refrigerantes, sucos, bolachas recheadas, salgadinhos, macarrão instantâneo e doces.
Leitura em tablets
Ler textos em dispositivos digitais, tais como e-readers e tablets, exige menos esforço visual por parte dos idosos do que a leitura em papel. A informação é de uma pesquisa publicada no PLoS One. Os autores avaliaram o esforço neural necessário para processar informações quando a leitura é feita utilizando cada um dos meios. "Quando os movimentos dos olhos foram comparados com a aferição da atividade cerebral, durante a leitura, os idosos se saíram melhor com os leitores digitais e suas telas retroiluminadas", diz o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do Instituto de Moléstias Oculares.
Tem pai que é cego
32% dos jovens nos EUA estão com sobrepeso, mas apenas 15% dos pais enxergam isso, segundo pesquisa divulgada em abril e realizada pela Fundação Robert Wood Johnson e pela Escola de Saúde Pública de Harvard. Apenas 20% das crianças das famílias que participaram desta enquete tiveram um pai que estava preocupado com o excesso de peso dos filhos. Nos EUA, estima-se que 69% dos adultos estejam acima do peso. "Estes resultados indicam o fato assustador de que os pais podem subestimar o risco para a obesidade, o que tende a aumentar na fase adulta", diz Fabiano Sandrini, endocrinologista do Laboratório Frischmann Aisengart.
Besteirólogos
Ressignificar as tensões do ambiente hospitalar é a meta do projeto Medclown, criado na Universidade Positivo. Os "doutores parceiros" são voluntários que cursam Medicina na instituição. Por meio da figura do palhaço, os pacientes são entretidos e convidados a se desprenderem daquela atmosfera, rindo. A capacitação consiste em três meses de oficinas semanais, cada uma com três horas de duração, sendo 25% composta de teoria sobre o clown e sobre a atividade de humanização do ambiente hospitalar e 75% de práticas de sensibilização, clownesca e noções de comunicação teatral.