prevenção

Onde guardar o cordão umbilical?

Gazeta do Povo
18/07/2013 03:29
O que é
O sangue de cordão umbilical e placentário é o material que permanece na placenta e na veia umbilical após o nascimento do bebê e é rico em células-tronco hematopoéticas.
Seu uso
Este material é utilizado para tratar mais de 80 doenças, entre elas as hematológicas, como câncer das células sanguíneas e disfunções do seu sistema de produção ou funcionamento.
Limitação de uso
Nem sempre dá para usar o próprio sangue armazenado. Contraindica-se usá-lo em doenças genéticas como certas leucemias (causa mais comum de transplantes na infância), uma vez que o sangue pode carregar os mesmos materiais genéticos e defeitos da doença manifestada.
Público ou privado?
Nos bancos públicos, as células podem ser usadas por qualquer pessoa compatível, ou pelo doador ou parente, quando disponíveis, com custos cobertos pelo Sistema Único de Saúde. A maioria dos transplantes que hoje utilizam o material é realizada com células desses bancos. Nos privados, as células são armazenadas para uso próprio, com custos dos contratantes.
Maior compatibilidade
Realizar o transplante com células de outro doador não significa um empecilho, já que a compatibilidade necessária para o transplante de células-tronco do sangue de cordão umbilical é menor do que a requerida pelo transplante de medula óssea.
Não é seguro de vida
Ter células em banco privado não garante o acesso ao tratamento necessário ou quando necessário – 20 anos após a coleta o sangue tem a qualidade reduzida. Ter o sangue em um banco não significa um seguro "biológico" ou "de vida". Não tê-las em bancos não significa estar excluído do acesso futuro a tratamentos.
Medicina regenerativa
A utilização ampla das células-tronco em medicina regenerativa, como para o tratamento das doenças neurodegenerativas – mal de Parkinson, mal de Alzheimer, lesões de medula espinhal em paraplégicos – de doenças cardíacas e reconstituição de tecidos, é ainda incerta. A coleta não deve ser cobrada, pois o procedimento não tem respaldo científico ou indicações clínicas.
Novas pesquisas
Além da pesquisa com células-tronco, estudos com células do tecido adiposo, pele, pâncreas, fígado e polpa dentária estão em andamento e podem ser igualmente promissores em tratamentos no futuro.