reparação

Os incômodos do desvio de septo

Amanda Milléo
16/01/2014 02:26
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O desvio de septo nasal está mais para regra que para exceção nos narizes por aí: estima-se que a cada dez pessoas, quatro apresentem o desvio, seja na estrutura óssea ou na cartilagem. Porém, apenas um quarto deles precisaria de cirurgia reparadora, casos em que há reais incômodos.
A persistência de alguns sintomas, ou o agravo de problemas respiratórios, como a sinusite e a obstrução nasal, pode indicar a necessidade de intervenção. "O transtorno mais comum é a obstrução, que pode ter outras causas, como rinite e até mesmo um câncer", diz Fabrízio Romano, diretor da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.
A má qualidade do sono, ronco, irritação, dor de cabeça e paladar afetado também têm relação com o desvio de septo. "O sono de má qualidade leva à fadiga, cansaço e prejuízo nas atividades esportivas", diz o diretor do Instituto Paranaense de Otorri­­nolarin­­gologia (IPO) e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Leão Mocellin.
Os sintomas podem aparecer, inclusive, a partir do agravo de outros problemas respiratórios. "Principalmente quem tem rinite tende a piorar com o desvio. O mesmo vale para a sinusite. Tem paciente que apresenta sinusite de repetição por causa do desvio, outros sofrem com sangramento, quando o desvio é muito na frente, causando irritação", explica Romano.
Obstrução
Uma rápida conversa com o paciente sobre os sintomas, seguido de um exame com endoscópio e a visualização do médico, é o suficiente para diagnosticar o desvio de septo. A reclamação mais comum de pacientes que o apresentam com sintomas é a obstrução nasal.