Peixes superpoderosos

Homens e mulheres acima de 65 anos e que consomem peixes ou frutos do mar com ômega 3 têm chances de viver em média 2,2 anos a mais do que aqueles que não incluem esses alimentos no cardápio. O consumo de produtos com esse tipo de ácido graxo também pode contribuir para reduzir o risco de mortalidade e de doenças cardíacas. As conclusões estão presentes em estudos de pesquisadores das universidades de Harvard e Washington, segundo informações da Agência Brasil. Pelo estudo, o consumo pode reduzir o porcentual de mortalidade geral em 27%. No caso de mortes por doenças cardíacas, o porcentual pode cair em 35%.

Um estudo recente da Fa­­culdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP comprova que o parto cesariano é um fator de risco para a obesidade em adultos jovens, se comparado com os nascidos de parto normal. Segundo a pesquisadora Denise Nas­­cimento Mesquita, uma das explicações para essa conclusão é que as mudanças na microbiota intestinal induzidas pela cesariana aumentam esse risco. "A cesariana também contribui para a obesidade abdominal e subcutânea na idade adulta, e não so­­mente para a obesidade total medida pelo índice de massa corporal", diz. A pesquisadora alerta para o fato de que ambos, cesariana e obesidade, têm aumentado mundialmente.

É a proporção de meninas afetadas pela escoliose de meninas em relação aos meninos na adolescência. A escoliose é um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou para a direita formando uma curva em forma de "S". Pode ter causas congênitas, degenerativas e as idiopáticas, quando não se identifica o motivo do desvio. No caso das adolescentes, após o raio x da coluna vertebral , a curva é mensurada e a partir daí o tratamento é planejado. "Quando as curvas apresentam medidas entre 20º a 40º o tratamento é feito com uso de colete na coluna vertebral. Acima disto está indicado o tratamento cirúrgico", diz Rogério Vidal, ortopedista pelo Hospital das Clínicas de São Paulo.

Um novo medicamento para tratamento do diabetes tipo 2, a canaglifozina, foi aprovado nos Estados Unidos, mas sua liberação depende de novos estudos solicitados pela Food and Drug Administration (FDA). A canaglifozina é o primeiro medicamento aprovado de um grupo de medicamentos capazes de reduzir a glicose no sangue por inibirem a reabsorção de glicose pelo rim e assim aumentarem a sua eliminação pela urina. Quando associado à dieta e atividade física, melhora o controle glicêmico de pessoas adultas portadoras de diabetes tipo 2.

R$ 500 milhões são gastos anualmente pelo Ministério da Saúde no tratamento de doenças relacionadas à obesidade segundo cálculo da Universidade de Brasília divulgado em março. Cerca de 25% desse total são destinados a pacientes com obesidade mórbida – estes custam aos cofres públicos cerca de 60 vezes mais que uma pessoa obesa sem gravidade. A pesquisa que apontou os valores considerou dados de internação e de atendimento de média e alta complexidades relacionados ao tratamento da obesidade e de outras 26 doenças a ela relacionadas, como alguns tipos de câncer, isquemias cardíacas e diabetes. Estima-se que existam hoje no país 14,8 milhões de obesos, total que equivale a quase metade de pessoas na mesma situação nos Estados Unidos.

Graças a uma nova tecnologia, o transplante de córnea já pode ser feito sem a necessidade de retirada de grande parte da córnea do doador, de pontos ou curativos. Por esses motivos, em uma semana o paciente consegue retomar suas atividades, inclusive a prática de esportes.

Ao contrário do transplante convencional, a nova modalidade, conhecida como transplante lamelar e realizada por uma nova geração do equipamento Femtosecond Laser, segmenta uma camada microscópica da córnea. O oftalmologista Hamilton Moreira, diretor clínico do Hospital de Olhos do Paraná, explica que o transplante lamelar substitui o corte (flap), até então feito manualmente. A tecnologia possibilita ainda ao cirurgião segmentar e estudar a córnea por diversos parâmetros, tais como espessura, tamanho, desenho e posição.