gestação

Prevenção suplementar

Mariana Scoz
18/04/2013 03:10
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O ácido fólico é um grande conhecido de quem está tentando engravidar, pois ingeri-lo pelo menos um mês antes da concepção previne defeitos no tubo neural do feto, como anencefalia e espinha bífida. Novos estudos mostram que seu uso pode diminuir também o risco de a criança nascer prematura e com autismo – e que seu excesso pode causar câncer de mama.
A importância da suplementação é tanta que a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) tem uma normativa para que os médicos receitem o ácido fólico não apenas para as mulheres que desejam engravidar, mas também para aquelas que não tomam contraceptivos.
A mulher deve ingerir diariamente cerca de 40 microgramas da vitamina hidrossolúvel sintética. O número aumenta para 4 miligramas nos casos de alto risco. O ácido fólico atua diretamente na formação do tubo neural, que acontece entre o 17º e o 30º dia após a concepção. A questão é que, nesse período, a gravidez ainda não pode ser confirmada.
Fortificados
O presidente da Comissão Nacional Especializada em Perinatologia da Febrasgo, Eduardo Fonseca, explica que alguns alimentos têm sido fortificados, entretanto os valores encontrados ficam abaixo dos recomendados. Os farináceos contêm 150 microgramas da vitamina a cada 100 gramas, mas o consumo deles nem sempre é regular e na quantidade necessária.
"Independentemente de uma boa dieta, é preciso procurar um especialista para fazer a suplementação", diz Fonseca.
O médico também destaca a importância de manter a dose recomendada. "Estudos experimentais mostram que doses acima de 1 miligrama podem causar um aumento na probabilidade de surgir câncer de mama", afirma. Além disso, estudos em ratos mostram que doses 10 vezes maiores que a recomendado levam à diminuição do desenvolvimento.