Estados Unidos

Proibição de refrigerantes gigantes em Nova York entrará em vigor na terça-feira

EFE
11/03/2013 19:34
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O Big Gulp, vendido pela rede 7-eleven, nos Estados Unidos | Reprodução

Os refrigerantes de tamanho grande estão proibidos a partir de terça-feira na cidade de Nova York, um medida polêmica e pioneira com a qual o prefeito Michael Bloomberg pretende combater a obesidade da população.
A proibição afetará as bebidas com altos níveis de açúcar e de mais de 16 onças (0,464 litro) nos comércios regulados pelo Departamento de Saúde de Nova York.
Restaurantes, redes de fast-food, carrinhos de rua, estádios, casas de shows, mercearias e as populares "adegas" são os estabelecimentos que serão afetados pela nova legislação, que englobará refrigerantes, limonadas, chá gelado e bebibas energéticas.
No entanto, os nova-iorquinos e os turistas que queiram adquirar as bebidas em tamanho grande poderão fazer isso nos supermercados e grandes redes, que ficaram isentos da regulação por conta de uma legislação estadual.
Esse veto às embalagens grandes de refrigerantes, o primeiro nos EUA, envolveu muita polêmica e já são muitos os que chamam o prefeito de "babá Bloomberg" por suas pioneiras e controversas medidas para melhorar a saúde dos nova-iorquinos.
Desde setembro, quando a Junta de Saúde da cidade votou a favor da legislação, os pequenos comerciantes se manifestaram em várias ocasiões contra a medida e criaram mal-estar ao considerarem que isso prejudicará os pequenos comércios frente às grandes redes.
Esses comerciantes consideram que a normativa os discrimida porque enquanto as redes como a "7-eleven" poderão seguir vendendo as bebibas de grande tamanho (como o famoso "Big Gulp"), os estalebecimentos pequenos, como as adegas, administrados na maioria das vezes por pessoas humildes, não poderão comercializar.
A medida também não foi bem recebida pelos consumidores que criticaram o plano de Bloomberg, e inclusive o Centro para a Liberdade do Consumidor lançou recentemente uma campanha sob o lema "Os nova-iorquinos necessitam de um prefeito, não de uma babá".
Apesar das críticas, o prefeito se manteve fiel à luta contra o sobrepeso, alegando que aproximadamente 6 mil nova-iorquinos morrem por ano por causa de problemas derivados da obesidade, a segunda maior causa de mortalidade que pode ser prevenida, apenas atrás do tabaco.
Esta não é a única medida impulsionada pelo multimilionário prefeito nova-iorquino para melhorar a saúde de cidadãos da cidade, pois também multiplicou os impostos sobre o tabaco (um maço de cigarros custa quase US$ 12) e proibiu o fumo em restaurantes, parques públicos, piscinas, praias e lugares históricos da cidade.
Bloomberg também obrigou a incluir o número de calorias dos alimentos ao lado do preço e impulsionou medidas para reduzir o conteúdo de sal nos alimentos embalados e em produtos servidos nos restaurantes.
Apesar destas decisões serem pioneiras para o resto do país, alguns nova-iorquinos resistem a aceitá-las ao considerá-las desproporcionais e que invadem a vida privada. EFE