Região Sul tem alto número de casos de Doença Meningocócica do tipo W

Na contramão do restante do país, a Região Sul apresenta prevalência de um sorotipo diferente da Doença Meningocócica (DM). Podendo ser causada por vírus ou bactéria, a meningite mais comum entre as bacterianas é a meningocócica – e também é a mais preocupante. Enquanto o Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste apresentam prevalência da Doença sorogrupo C, o Sul exibe 47% do sorogrupo B, devido à proximidade com outros países. Por este motivo também, a Região Sul é a única com alto número de casos do sorotipo W, que chega a 13%, enquanto no restante do país, a média não passa de 6%. A DM do tipo W é comum na Argentina e Uruguai, segundo a professora da Universidade Federal do Paraná e infectologista pediátrica, Cristina Rodrigues. Esses dados foram apresentados no 36° Congresso Brasileiro de Pediatria, ocorrido em outubro, em Curitiba.

Apesar de não ser uma doença com grandes números de casos no país, a Doença Meningocócica assusta pelo curto período de desenvolvimento – de 24 a 48 horas -- e pelas sequelas, que atingem 1/3 das crianças que sobrevivem, como problemas motores, surdez ou dificuldade de aprendizado. Lesões de pele aparecem quando o quadro é extremamente grave. "Bebês não manifestam sintomas conhecidos. O sintoma da rigidez, da queixa da cefaleia, ocorre na criança maior, de três anos para cima. O lactente não tem este tipo de manifestação, não sabe se queixar da cefaleia, ele tem dor também, mas não sabe verbalizar isso e fica mais difícil de diagnosticar", afirma o mestre em saúde da mulher e da criança e doutor em patologia molecular pela Universidade da Inglaterra, Felipe Lorenzato.

Um novo procedimento pode beneficiar, no futuro, fetos acometidos por hérnia diafragmática congênita grave, uma má formação que causa insuficiência respiratória e hipertensão pulmonar após o nascimento. O tratamento utiliza células-tronco contidas no líquido amniótico da gestante, que regeneram os vasos pulmonares durante a gestação, por meio de cirurgia fetal. "Isolamos as células-tronco de fetos de ratos e, neste mês, faremos a aplicação para o tratamento da hérnia em roedores", explica Lourenço Sbragia Neto, professor associado de cirurgia pediátrica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Os aneurismas da aorta abdominal são os mais encontrados na prática clínica, de 3 a 7 vezes mais frequentes que os da aorta torácica. Afetam mais homens do que mulheres em proporção de 4:1. Sua ocorrência é maior em brancos e menor em negros. Começam a aparecer aos 50 anos, atingindo sua maior incidência em torno dos 80 anos. Nas mulheres, surgem em idade mais avançada, acima dos 60 anos. A prevalência é de cerca de 5% dos homens e 1% das mulheres acima de 55 anos. Os principais fatores de risco são idade, predisposição familiar, tabagismo e hipertensão arterial.