Saúde e Bem-Estar

Redação

Aids e HIV não são a mesma coisa; entenda as doenças e conheça os tratamentos

Redação
01/12/2017 08:00
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(Foto: Bigstock)

Neste Dia Mundial de Combate à Aids 2017, lembrado no dia 1º de dezembro, o Brasil pode comemorar avanços, mas ainda recuperar alguns retrocessos com relação à doença.
Entre 2010 e 2016, o número de casos absolutos da aids no país sofreu um aumento de 3% – tendência contrária à média mundial. Se levar em consideração apenas a infecção por HIV, sem o desenvolvimento da doença aids, a quantidade de infectados no país aumenta. Foram 18% a mais de pessoas convivendo com a infecção, de acordo com dados do relatório de monitoramento clínico do HIV, do Ministério da Saúde.
Por outro lado, ao longo de 2017, o Brasil foi o primeiro país da América Latina e Caribe a contar com o autoteste nas farmácias, o que ajuda na detecção do vírus e consequente tratamento da infecção. Identificar a presença do HIV em 90% das pessoas infectadas é uma das metas da Organização das Nações Unidas (ONU) para 2020.
Da mesma forma, o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a oferecer, neste ano, um medicamento capaz de prevenir a infecção pelo vírus HIV. A prevenção da doença, conhecida como PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), incluiu inicialmente um grupo de 7 mil pessoas em 12 cidades brasileiras, Curitiba incluída.
O público mais receoso com relação a doença, porém, ainda são os jovens. Apenas 56% das pessoas que vivem com HIV e que têm entre 18 e 24 estão tomando antirretroviral. E destes, menos da metade apresentavam carga viral baixa.
Aids x HIV: não são a mesma coisa
Ser HIV positivo não significa, necessariamente, que a pessoa tenha aids. Embora os termos sejam usados como sinônimos, eles indicam situações bem diferentes. Confira as diferenças:
HIV é a sigla, em inglês, para o vírus da imunodeficiência humana. Esse é o vírus causador da doença aids, que ataca o sistema imunológico e afeta a capacidade de o organismo se defender. O vírus altera o DNA das células de defesa, faz cópias de si mesmo e se multiplica no organismo, atacando ainda mais o sistema imunológico e continuando a infecção pelo corpo.
A aids, por outro lado, é a manifestação do vírus HIV. É possível, portanto, que a pessoa tenha o vírus, mas não desenvolva a doença. Portanto, pode ser HIV positivo/soropositivo, mas não ter aids. Há pacientes soropositivos que passam anos sem ter os sintomas e sem desenvolver a doença.
Dos sintomas mais comuns da aids, dores no abdome, tosse seca, fadiga, febre, mal estar, perda de apetite, suor noturno, problemas gastrintestinais, perda de peso, fraqueza, língua branca ou úlceras, erupções na pele ou pústulas, dores ou inchaço da região genital, bem como inchaço dos gânglios e doenças oportunistas – como pneumonias ou sapinho.
A forma mais eficaz de prevenção à doença, dentre outras doenças sexualmente transmissíveis, é o uso dos preservativos, de acordo com informações do Ministério da Saúde.
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