Saúde e Bem-Estar

Cecília Aimée Brandão, especial para a Gazeta do Povo

Como identificar os principais sintomas e sinais do AVC

Cecília Aimée Brandão, especial para a Gazeta do Povo
29/10/2018 07:00
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Às vezes, quando acha que é um AVC, a pessoa busca o posto de saúde em primeiro lugar. Neste caso, é importante que vá direto ao hospital para que o tratamento. Foto: Bigstock.

Reconhecer que alguém próximo a você está tendo um AVC (acidente vascular cerebral) pode ser mais simples do que se imagina. Não é necessário nenhum conhecimento técnico e saber identificar os sinais pode ser fundamental para que a vítima saia do tratamento sem nenhuma sequela definitiva.
“O AVC é um sintoma neurológico súbito. A pessoa está bem e então, de repente, alguns sinais aparecem. É preciso ficar atento: após os primeiros sintomas, o atendimento hospitalar deve ser feito em no máximo quatro horas para que os tratamentos sejam mais efetivos”, explica o neurologista Marcos Lange, do Hospital de Clínicas da UFPR.

Os sinais de que um AVC aconteceu são de fácil constatação: perda da força em lado do corpo, alteração da sensibilidade, dificuldade para falar frases simples e entender comandos de outra pessoa, dor de cabeça súbita, perda da visão em qualquer grau e do equilíbrio.

“A partir do momento que um paciente apresenta de uma hora para outra qualquer um desses sintomas, deve ser encaminhado ao hospital, preferencialmente solicitando atendimento ao SAMU, que já poderá prestar os primeiros atendimentos”, orienta Lange.
Ao chegar no hospital para o atendimento, o paciente será avaliado por um médico que, confirmando as suspeitas, encaminhará para um exame de imagem, a tomografia, que definirá o diagnóstico, a extensão do dano e poderá auxiliar na indicação do melhor tipo de tratamento.
A medicina definiu alguns fatores de risco, ou seja, comportamentos ou condições que podem aumentar a chance de uma pessoa ter um AVC, como idade e sexo (homens mais velhos estão no grupo de maior risco), histórico de doença vascular prévia, doenças do coração, sedentarismo, diabetes, uso de anticoncepcional, uso de drogas e álcool, tabagismo, hipertensão arterial e alterações no colesterol.

Isquêmico x Hemorrágico

Conhecido popularmente como derrame, o Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), ou isquemia cerebral, é o tipo mais comum, e ocorre devido à falta de sangue numa determinada área do cérebro, ocasionada pela obstrução de uma artéria. “No tratamento é utilizado o medicamento trombolítico, administrado na veia do paciente”, explica o coordenador da sala de emergência do pronto-atendimento do Hospital Santa Cruz, Dr. Carlos Sperandio Junior.
Já o Acidente Vascular Hemorrágico (AVCH), o mais grave, acontece devido ao rompimento de um vaso no cérebro, causando sangramento. Geralmente é indicado tratamento cirúrgico. “Nos dois casos a demora no atendimento pode deixar sequelas, como problemas de fala, memória e paralisias em diversos graus e partes do corpo”, alerta o médico do Hospital Santa Cruz.
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