Saúde e Bem-Estar

Amanda Milléo

Fome na hora errada? Não deixe o horário de verão acabar com a dieta

Amanda Milléo
15/10/2017 08:00
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(Foto: Bigstock)

A mudança no horário de verão, a partir do próximo sábado (15), trará toda a rotina uma hora mais cedo. Isso porque, com o relógio adiantado em uma hora, o momento de dormir, as refeições e até o lazer será sentido pelo corpo como muito antes do que deveria.
O estômago não é exceção. Café da manhã, almoço e jantar serão preparados e consumidos uma hora antes – e, às vezes, sem o acompanhamento do apetite. A boa notícia é que o organismo é adaptável.
“Com a chegada do horário de verão, a pessoa passa a comer mais cedo. Quando chega em casa, à noite, ela pode ter a última refeição e ainda sentir fome antes de dormir. A tendência, portanto, é que coma mais e isso afete o peso”, explica Marcella Garcez Duarte, médica nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia.
Para evitar esse ganho de peso desnecessário, o ideal, segundo a especialista, é que as pessoas consigam mudar os horários das refeições de acordo com o horário de verão, mesmo que ainda não sintam fome. Se, ainda assim, sentir fome entre as refeições, opte por alimentos leves.
“Antes de dormir pode ser um alimento leve, líquido, pouco calórico. Só para não dormir com a sensação de fome. É bom testar e perceber se a fome não é, na verdade, sede. Tome um chá, uma água gelada e aguarde”, sugere a médica. Se preferir uma fruta, que seja uma pera ou mamão, que não são tão calóricos quanto uma banana ou abacate. “Mesmo abacaxi e melancia não são interessantes para comer nesse horário da ceia”, reforça.
Sono impacta na fome também
Adiantar o apetite é mais fácil do que forçar o corpo a dormir uma hora antes. Pode não parecer muito, mas uma hora de diferença na hora de deitar atrapalha a qualidade do sono e leva, geralmente, entre uma semana e 15 dias até o corpo se adaptar.
Segundo Cilene da Silva Gomes Ribeiro, nutricionista e professora titular da PUCPR, alguns alimentos devem ser evitados nesse período para facilitar a adaptação do organismo para o sono. “Não tome tantos energéticos e diminua o consumo do café. Nada com muita cafeína para que, justamente, o sono venha com mais facilidade”, explica.
“O maior problema nesse período para quem tem dificuldades de dormir é que esse sono sem qualidade também afeta nos níveis hormonais, que então atrapalham o apetite”, reforça Ribeiro.
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