Saúde e Bem-Estar
Amanda Milléo e Estadão Conteúdo
Atriz Fernanda Machado publica filmagem de filho sonolento e é “acusada” de tortura
(Foto: reprodução Instagram da atriz)
A mais nova mãe criticada nas redes sociais foi a atriz Fernanda Machado, que postou um vídeo do filho de 1 ano e sete meses Lucca dormindo sozinho no berço. Na publicação, alguns seguidores a criticaram e falaram, inclusive, que ela estaria “torturando” a criança por não retirá-lo do berço logo quando acordou.
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Em uma nova publicação, a atriz mostrou novamente as imagens em que o filho está acordado e sozinho no berço – gravadas pela babá eletrônica – e pediu por menos julgamento:
“À todas as mães que já foram julgadas
: Desde quando colocar um bebê pra dormir no berço é crime?! Ontem postei um vídeo do Lucca dormindo em pé no berço. Ele sempre vai pro berço depois do mamar, sonolento, mas acordado, e lá ele brinca, faz uma ginástica do sono que eu adoro assistir pelo monitor. E antes da soneca da tarde de ontem, no meio dessa ginástica ele levantou e estava tentando se equilibrar dormindo, sem choro, só tentando ficar em pé enquanto dormia, coisa mais fofa”, escreveu.
“Meu maior sonho era ser mãe, por isso resolvi abrir mão de muita coisa da minha vida para ser mãe em tempo integral para estar 100% do lado dele, porque é o que o meu coração me pede, é maior do que qualquer outra coisa. (…) Maternidade, julguemos menos, apoiemos mais”, completou a atriz.
Tem problema deixar bebês chorando no berço? Estudo diz que não
Deixar os bebês que não conseguem dormir chorando até que durmam (extinção gradual) não causa problemas emocionais, de comportamento ou de apego com os pais, diz um estudo publicado em junho do ano passado, na revista Pediatrics.
Pesquisadores australianos estudaram o comportamento de 43 bebês de mais de seis meses de idade a partir dos métodos de “treinamento” mais comuns utilizados pelas mães, o de extinção gradual e o de sono atenuado (estender a hora de deitar com o intuito de que estejam com mais sono e durmam mais facilmente).
Bebês expostos demais
Os pais podem nem perceber, mas compartilhar informações privadas sobre os filhos nas redes sociais resulta em um registro indelével e muitas vezes público da criança, que alcançará tanto o passado quanto o futuro. Pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, desenvolveram um estudo que mostra o impacto dessas informações compartilhadas na vida da criança, que foi divulgado durante o encontro anual de 2016 da Academia Norte-americana de Pediatria.
Metade das fotografias em sites de pedofilia veio de mídias sociais, de acordo com um estudo australiano, divulgado pelas autoras da pesquisa da Universidade da Flórida, entrevistadas pelo site Medscape.
“Essa informação me deu calafrios. Isso quantifica um risco muito maior que eu imaginava. Não eram fotos de nudez parcial, eram apenas fotos de pessoas fazendo coisas normais. Isso é extremamente perturbador”, disse Bahareh Keith, professora de Pediatria e uma das autoras da pesquisa da Universidade da Flórida, ao Medscape.
Recomendações
Antes de postar qualquer imagem sobre os filhos nas redes sociais, leve em consideração essas recomendações:
- Conheça as políticas de privacidade de mídias sociais em que você tem um perfil;
- Ajuste as notificações de alerta para quando o nome de seu filho estiver on-line e disponível por uma busca no Google;
- Se decidir compartilhar informações sobre questões comportamentais de seu filho, faça de forma anônima;
- Tenha cuidado ao compartilhar a localização de seu filho;
- Considere dar às crianças mais velhas o “poder de veto” sobre as publicações on-line;
- Considere os riscos antes de postar imagens de crianças com qualquer forma de nudez;
- Considere o efeito que um compartilhamento pode ter no bem-estar futuro de seu filho.
