Saúde e Bem-Estar

Ensine seu filho a prestar primeiros socorros

Amanda Milléo
31/12/2015 09:00
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Muitos avós são atualmente as babás oficiais dos netos por várias horas por dia, e as crianças precisam estar orientadas e preparadas caso algum imprevisto aconteça. Pedir ajuda é a primeira orientação, mas eles também podem ver se o avô está machucado, se responde quando é chamado e até começar uma massagem cardíaca.
Mesmo pequena e com pouco peso, a criança a partir dos 8 anos consegue fazer as compressões com a força e o ritmo adequados para a massagem cardíaca, segundo a coordenadora do Centro de Ensino, Treinamento e Simulação do Hospital do Coração (HCor) em São Paulo, Norma Mendes. “Nos treinamentos que fazemos com elas, levamos manequins com sensores. Quando a compressão é feita de forma adequada, o manequim acende o sinal verde e elas ficam todas animadas. Usamos músicas de desenhos, como a “I like to move it, move it”, do Madagascar, e também Stayin’ Alive, do Bee Gees, que são no ritmo certo”, diz.
Primeiros passos
Antes de começar os movimentos cardíacos, a criança é orientada a chamar pela pessoa, tocando no ombro de forma firme, e verificar se ele está respirando ou reagindo. Depois, ligar para o Serviço de Atendimento Médico e Urgência (Samu) – 192.
“A criança deve falar ao atendente que recebeu o treinamento e está com o avô ou avó deitado no chão, que ele não responde e que ela vai começar a fazer as compressões. A gente sempre orienta aos pais que deixem o endereço da casa anotado e de fácil acesso à criança para que o serviço chegue mais rápido”, afirma Norma.
Trote
Se algum adulto estiver em casa quando uma emergência acontecer, quem deve começar os procedimentos de massagem cardíaca é a criança. O adulto será o responsável por chamar a ajuda. De acordo com a coordenadora de treinamento, o risco de o Samu ou mesmo a polícia pensar que o telefone é um trote diminui quando é um adulto telefonando.
100
apertões contra o peito por minuto são os movimentos que devem ser feitos, sem parar, na pessoa com parada cardiorrespiratória. O ritmo é forte e a criança se cansa rápido. Por isso, a primeira orientação aos pequenos que estejam em uma situação assim é que chamem por ajuda e só depois comecem o procedimento.