Curtindo com a criançada

As férias de julho podem ser sinônimo de contradição. Enquanto as crianças aguardam ansiosas o momento de relaxar, os pais que não conseguem parar de trabalhar nesta época se veem aflitos com a agenda livre dos filhos.

Seja qual for a solução encontrada para entretê-los – de colônia de férias à casa da avó – o período sem lição de casa e horário mais flexível é uma ótima oportunidade para os pais se aproximarem dos filhos e planejarem juntos programas que normalmente não fariam por falta de tempo.

Pode ser em casa ou na rua (veja box e programação). “O importante é criar, mesmo que seja em pequenos espaços de tempo, momentos que os pais estejam autenticamente com a criança, estar de fato envolvido na atividade”, recomenda a psicóloga clínica Patrícia Guillon. Ou seja, não adianta o filho desenhar ou assistir à tevê enquanto a mãe se distrai no computador.

Para que o interesse seja real­­­mente verdadeiro, a atividade proposta deve ser de interesse de pais e filhos. Assim, a criança se sente valorizada. “Esse acolhimento é extremamente importante para a construção da autoestima. Quando a criança tem essa sensação de pertencimento, se sente mais segura para arriscar e enfrentar situações novas, como uma mudança de escola”, exemplifica Patrícia.

Na casa da professora universitária Sandra Nodari e do engenheiro Rodrigo Pinheiro Romano, ambos de 38 anos, as férias dos filhos Clara, 4, e Francisco, 2, são aproveitadas para diversão em família. “É uma época em que a gente consegue programar mais coisas. Dá para ir na casa da tia, da bisa, ao cinema, ao zoológico, ao teatro e até ao circo. E quando o tempo está ruim, ficar em casa cozinhando ou brincando com sucatas”, diz Sandra. “Ficar em família é o mais bacana das férias”, completa.

Não é porque os filhos cresceram que a importância da convivência diminui. Por mais que os adolescentes prefiram a companhia dos amigos, reservar um tempo em família é essencial. A presidente da Associação Brasileira de Terapia de Família Denise Zugman conta: pesquisas já revelaram que um dos itens que protegem os jovens contra a dependência química é a capacidade da família de se divertir junta. “E muitas famílias estão perdendo isso. Quando tem a leveza de estar juntos, fazendo algo que todos gostam, fica mais fácil colocar os limites”, afirma. Quando há apenas espaço para restrição, a relação fica pesada e o diálogo, penoso.

Circo
Cirque du Solei

O espetáculo Varekai é nspirado no mito grego de Ícaro, ser fantástico que tem a cera das asas derretida ao tentar voar em direção ao sol. Ele cai em uma floresta mágica, habitada por seres fantásticos.

Com as orientações do apresentador Daniel Warren, do Art Attack, a criançada criará seus próprios brinquedos, entre eles o chapéu de feltro, girocóptero, cápsula do tempo, traumatrópio, identidade maluca e aquário.

Alípio, João, Júlio, Zazá, Astolfo, Lilica e Lola fazem a alegria dos pequenos com atividades como a horta do Júlio, biblioteca, cineminha do Cocoricó, caça aos ovos e cubos mágicos.

A tradicional pista de patinação no gelo neste ano tem como tema A Era do Gelo 4, filme que estreou nos cinemas brasileiros no dia 29 de junho. A pista tem 500 m² e capacidade para 70 pessoas patinarem simultaneamente.

A cada domingo, uma peça diferente, a preços populares.

Uma visão poética da infância nos dias de hoje. O trabalho mescla o universo fabuloso e sonhador de um garoto que cresceu viajando com uma trupe mambembe de teatro, ao dos modernos recursos eletrônicos que invadem a vida das crianças de hoje.

Contadas por Guga Cidral e convidados, além da participação especial dos músicos Beto Collaço e Ana Paula Peters. Os contos, vindos dos quatro cantos do mundo, são embalados pelo som do violão, da flauta doce e transversal, dos objetos, instrumentos e bonecos manipulados pelo contador de histórias. O vento traz a poesia, embalada pelo universo de letras e palavras formando as histórias como uma grande surpresa, um sussurrar ao pé do ouvido, uma colcha de contos vindos de lugares fantásticos como a China, a França, a Síria, Portugal e é claro, um bom conto brasileiro na pedida. Para cada fim de semana, um contador diferente é convidado a partilhar o palco.

Criado para unir duas formas de arte itinerantes, através de números circenses tradicionais. O público é convidado a vivenciar a alegria e o prazer do circo, realizado por bonecos. Uma pequena companhia circense Tico-tico no fubá, chega ao espaço, trazendo suas melhores atrações: uma equilibrista; um grande mágico; o domador e seu leão; os palhaços.

Uma mala, 15 bonecos, 10 histórias,10 cartões numerados para que a plateia possa escolher qual história quer assistir.

Situações fantásticas que cruzam livremente o limite entre a realidade e o sonho. Você já teve a sensação de sonhar acordado? Já imaginou acordar pela manhã e falar uma língua desconhecida, que ninguém entende? Ou abrir a torneira e literalmente entrar pelo cano? Estas são algumas das aventuras que o Grupo Teatral Auto-Peças apresenta neste espetáculo.

Apresentada com bonecos feitos de meias e materiais recicláveis, num cenário poético, a história traz a luta do bem contra o mal, com o bem vencendo no final através da sabedoria do elemento mais velho. Traz também uma pequena história de amor, com desfecho feliz. Enfatiza o valor da amizade e das brincadeiras infantis, leva a criança a uma identificação com seu universo e a redescoberta do seu cotidiano.

O espetáculo infantil conta as aventuras do Saci, uma criatura travessa e muito brincalhona que se diverte com animais e pessoas, mas acaba criando muitas confusões com uma pipa.

Histórias e cantigas populares são adaptadas ao teatro de animação. Conta a trajetória de um personagem, Baé, e de suas histórias que são cantadas e de canções que são contadas com o uso de diferentes formas de animação. O contador vai fazendo desfilar por meio de objetos, bonecos de sombra, de vara e de balcão os personagens e as ações dos contos em um jogo com a plateia. A manipulação se faz às claras com a audiência assistindo toda a animação e o desenrolar do texto.

O universo do livro apresentado na forma de um jogo teatral, no qual a plateia interage diretamente com as personagens do espetáculo, como coautores da história. O ator, contador de histórias, usa objetos e fantoches, tendo como cenário um grande livro. Provoca e convida o público a mergulhar no universo de Monteiro Lobato. Juca, menino sonhador, inventor de histórias. Depois de adulto torna-se um grande escritor, Monteiro Lobato, que encontra nas lembranças de sua infância, sua criatividade e seu imaginário. Um grande livro guarda as personagens dessa história: as ilustrações, na forma de bonecos, surgem de dentro do livro e surpreendem a plateia.

Maria é uma mulher que coleciona cores. E foi para encher ainda mais sua bolsa que ela veio da Argentina ao Brasil. Mas aqui no nosso país acontece algo inesperado: Maria perde a bolsa de cores no meio de uma tempestade e sua vida fica toda preta e branco. Nossa amiga então dá início a uma grande aventura cheia de surpresas e fantasias.

Espetáculo realizado com uma técnica pouco usada no Brasil, a pantomima de animação, indicado a crianças de todas as idades. O seu desenvolvimento enfoca o cotidiano de um pequeno “clown”, e de um ratinho explorando situações naturais do universo de uma criança, sua curiosidade, seus medos, suas conquistas, seu lúdico, suas fantasias.

Uma bela e misteriosa mulher, lindamente vestida, sentada em um banquinho de costas para o público abre uma caixinha de música e observa as pessoas pelo espelho. É a narradora que conduz a história e apresenta a trajetória de um ser mágico que se transforma constantemente assumindo formas diversas: de semente em flor, de flor em estrela, de estrela em peixe, de peixe em pássaro, até enfim se tornar um homem. Um ser humano, repleto de desejos, e que ao final anseia ser apenas uma nuvem e fazer chover, para encher o mar, os rios e fertilizar a terra. Terra em que brotam as sementes que se tornam novamente flores, num círculo infinito que compreende toda a vida do planeta.

Espetáculo de animação destinado ao público de todas as idades. Conta a história de Araújo e Ofélia em três fases das suas vidas. Na infância os protagonistas brincam e se divertem. Na adolescência, descobrem a paixão que nutrem um pelo outro, mas Ofélia parte para bem longe com a família. Reencontram-se na velhice e a antiga paixão renasce entre eles. O espetáculo fala de amizade, de amor e da preservação da natureza.

Zac é um garoto irrequieto e inteligente. Um dia, fugindo de um valentão, ele entra no laboratório do Professor, que acaba de criar sua maior invenção: a máquina do tempo. Zac vai para várias épocas no tempo, causando muita confusão. Ele encontra Colombo no descobrimento da América, descobre uma terrível ameaça no futuro da humanidade e dá de cara com um dinossauro na pré-história.

A obra enfoca as divertidas e poéticas aventuras do menino Tito e seu cãozinho Golias no dia a dia, na tentativa de conseguir realizar uma surpresa para a sua mãe. Com bonecos da técnica de luva, vara e manipulação direta. A trilha sonora e o texto são executados ao vivo.

Uma adaptação criativa e divertida sobre a fábula de Esopo e La Fontaine “A Lebre e a Tartaruga”. Os animais vivem tranquilos na floresta até que situações de perigo começam a quebrar a sua harmonia: incêndio, desmatamento, etc. Todos se sentem em perigo, menos o coelho que credita sua tranquilidade a sua habilidade e velocidade. Suas declarações começam a assumir característica de arrogância, incomodando os outros animais. Uma pacata, mas segura tartaruga, resolve desafiá-lo para uma corrida.

Em uma “casa muito engraçada, que não tinha teto e não tinha nada”, vão morar dois contadores de histórias e eles descobrem que a casa também tem histórias para contar sobre cada pessoa em que lá viveu, e em cada canto, em cada objeto, uma história diferente se apresenta para o espectador. Um trabalho com bonecos, atores e objetos.

O mais novo espetáculo da Cia. Teatro Filhos da lua apresenta a história de dois atores que se veem na difícil missão de apresentar um espetáculo e fazer uma pequenina menina cheia de medos dormir. Nessa luta eles contam com a preciosa ajuda de um velho lampião, que por ter passado a vida toda ouvido histórias sob sua luz, tornou-se um maravilhoso contador e cantador de histórias.

Os pequenos conhecerão a história de Clara Luz, uma fadinha que, em vez de seguir as lições do Livro das Fadas, gostava de inventar suas próprias mágicas. Depois, poderão inventar charadas e fazer passatempos.

Monstros bobocas que não conseguem assustar ninguém são as personagens dessa história. Desconfiada de que há algo errado, a Federação do Terror decide promover uma premiação ao monstro mais apavorante. Depois da historinha, cada criança irá fazer um monstro de sucata.

Será que as árvores têm sentimentos? Essa é a história de uma árvore muito generosa e o amor de um menino por ela. A história acompanha o passar do tempo até a velhice do homem. No fim, já bem velho e cansado, o senhor volta a ser chamado de menino pela árvore. Depois de ouvir a história, as crianças aprenderão adivinhas, parlendas, trava-línguas e outras brincadeiras.

Considerado um clássico da literatura infantil brasileira, Chapeuzinho Amarelo traz o traço premiado de Ziraldo e as palavras de Chico Buarque. Chapeuzinho é uma bela menina que sofre de um mal terrível: sente medo do medo. Depois, casos apresentados na obra Assim Assado, como o bicho esbranquiçado, o sapo cabeludo, o médico aprendiz. E brincar de amarelinha.

Um caracol e uma baleia podem ser amigos? O pequeno caracol não se intimida com o tamanho da baleia que nadava ao sol. Um dia ele pula em sua calda esperando grandes aventuras. E é exatamente isso que eles viverão. Depois, os pequenos se divertirão com contos, ditados e brincadeiras com palavras e adivinhas na atividade Armazém do Folclore. Para finalizar, a brincadeira de passa anel.

Este almanaque contém histórias, brincadeiras, charadas, provérbios, adivinhas. Para descobrir aventuras e brincadeiras e fazer dobraduras.

Bisa Bia e Bisa Bel conta a história de uma menina que, no convívio imaginário com sua bisavó e sua bisneta, aprende a conviver consigo mesma. Depois, em “A Bruxa Salomé”, a mãe diz às crianças para não abrirem a porta para ninguém. Mas não contava com a bruxa Salomé, que, muito esperta, usou o truque do pé. E ainda brincadeiras de adivinhações e trava-línguas.

Na clássica história de Onde Vivem os Monstros, o garoto Max, vestido com sua fantasia de lobo, faz tamanha malcriação que é mandado para o quarto sem jantar. Lá, ele se transporta para uma floresta, embarca em um miniveleiro, navega pelo oceano e chega a uma ilha onde vivem os monstros. Uma história bonita e muito verdadeira. Depois os bichos do mato fazem a festa.

Banguela era um dragão comum sem nada de especial que pertencia ao verdadeiramente extraordinário viking Soluço Spantosicus Strondus III. Mas nem sempre foi assim. Em Como treinar o seu Viking, Banguela conta uma história da época em que Soluço era apenas um menino. Narrado pelo dragão, este volume complementa a série de memórias de Soluço. Depois brincar de supertrunfo dos dragões.

Usando de astúcia e imaginação, um ratinho vai criando um monstro terrível e assustador – o Grúfalo – e se diverte espantando seus predadores. Mas, qual não é seu espanto ao ver sua imaginação personificada à sua frente. Depois de ouvir as histórias, as crianças brincarão de telefone sem fio e outras brincadeiras antigas que exercitam a imaginação.

O que quer dizer ainda? E apesar? E saudade? E antes? Essas e outras palavras estão neste livro, uma espécie de dicionário poético das coisas consideradas inexplicáveis. Depois de ouvirem a história, as crianças vão fazer um sorteio com uma palavra e irão explicar por meio de desenhos o que a palavra significa. Um novo livro será formando com as explicações de cada criança.

Nesta história, um lobo bobo persegue Cabelinho Vermelho. Estará ele ansioso para encher a pança? Quem Cabelinho Vermelho vai visitar? O que poderá acontecer com o encontro desses dois personagens na floresta? Depois da história, as crianças farão os objetos para esta versão da história do Chapeuzinho Vermelho.

Contação de histórias e atividades infantis.

Histórias contadas e interpretadas por pedagogas.