Saúde e Bem-Estar

Amanda Milléo

Nova técnica substitui cirurgia aberta do coração em idosos

Amanda Milléo
28/11/2016 20:30
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(Foto: Bigstock)

Com o envelhecimento e o aumento nas taxas de colesterol, a válvula da artéria aorta no coração se enrijece pela formação de cálcio, o que diminui a mobilidade e reduz a passagem de sangue dali para o resto do corpo. O coração, então, precisa fazer um esforço extra para conseguir enviar a mesma quantidade de sangue, e a pessoa passa a se sentir mais cansada e sem fôlego. Este é um dos primeiros sinais de que talvez precise de uma prótese de válvula.
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A cirurgia de prótese de válvula aórtica recebeu uma novidade nos últimos anos, que foi comentada durante o 16º Simpósio Internacional de Cardiologia Intervencionista, realizado nos dias 24 e 25 de novembro, no hospital cardiológico Constantini, em Curitiba. Ao invés de ser uma cirurgia grande, de peito aberto, agora há a possibilidade de uma cirurgia menor, com uma pequena incisão pela virilha que leva a prótese até a válvula do coração.
“Inicialmente, a indicação era para pacientes muito graves e que não podiam passar por uma cirurgia de peito aberto, principalmente os mais velhos. Hoje essa técnica é usada mesmo em pacientes que não tem risco tão grave para a cirurgia, porque a recuperação é mais rápida. Em três ou quatro dias, a pessoa está em casa”, explica Costantino Constantini, médico cardiologista e diretor geral do hospital Costantini.
Para diagnosticar a necessidade da prótese, além do exame clínico é preciso fazer um ecocardiograma, que apontará o tamanho da abertura da válvula. “A prevalência é maior em homens, mas mulheres também devem se prevenir”, afirma o médico.
Como funciona?
A prótese é inserida a partir da artéria femoral, localizada na perna, quase virilha, do paciente. De lá, a prótese sobe até a aorta do coração, e todo o controle é feito por radioscopia pelo médico cardiologista.
Ao chegar na válvula, um balão é insuflado para dar espaço à válvula nova, posicionada em cima da original com defeito.
É indicada a idosos, principalmente, mas pode ser usada em pacientes mais jovens também. Depois de três ou quatro dias no hospital, o paciente pode ser liberado, segundo Costantini.